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CRUZEIRO

Vídeo mostra ação da PM com balas de borracha em protesto de torcida do Cruzeiro na Toca II

Ação ocorreu na última terça-feira, na porta da Toca da Raposa II

Redação
Policial chegou a atirar em torcedores com bala de borracha - Foto: Reprodução / TV Máfia Azul

Na tarde da última terça-feira, membros da Máfia Azul protestaram em frente à Toca da Raposa II, na Pampulha. Os organizados paravam os jogadores do Cruzeiro que chegavam de carro para cobrá-los pela má fase do time no Campeonato Brasileiro. Em um determinado momento, quando imprensa e atletas já estavam dentro do centro de treinamento, a Polícia Militar agiu com firmeza na tentativa de dispersar os torcedores.

Imagens feitas pela TV Máfia Azul mostram policiais atirando com armas de bala de borracha e batendo com cassetete nos torcedores. Tudo ocorreu na porta do centro de treinamentos do clube celeste. (Veja o vídeo abaixo; começa no minuto 10:26)



É possível ver, pelo vídeo divulgado, um torcedor falando: “Calma, sô!”. Em seguida, um barulho de um tiro pode ser ouvido. Depois, um policial grita “sai fora, pode sair, pode sair”. A imagem mostra Diego 'Dikin', presidente da Máfia Azul, argumentando com alguém que está na parte de dentro do portão.

Na sequência, um carro da polícia chega com a sirene ligada, e dois policiais sobem a rua correndo em direção aos torcedores.
A alguns metros da entrada principal do centro de treinamentos do Cruzeiro, policiais começam a usar o cassetete para atingir os torcedores. Um PM atira com uma arma de bala de borracha na direção dos torcedores. Outro agente da polícia dá um pontapé na perna de um torcedor.

Em nenhum momento do vídeo, os torcedores aparecem reagindo à ação. O presidente de honra da Máfia Azul, Maurício Parreira da Paz, conhecido como Bolão, lamentou a ação da PM. Ele disse que não estava na porta do clube no momento da confusão.

“A justificativa que eles deram foi de que alguns membros tentaram invadir a Toca da Raposa II. Mas não houve tentativa de invasão, houve um questionamento de alguns torcedores do motivo da proibição da entrada da Máfia Azul. Neste mesmo dia, outras quatro torcidas (Pavilhão Independente, China Azul, Geral Celeste e Torcida Jovem) tiveram acesso aos jogadores. Além disso, a TV Máfia Azul, que cobre o dia a dia do Cruzeiro, foi censurada, impedida de fazer seu trabalho”, disse Bolão.

“Nosso objetivo é protestar contra a má fase do Cruzeiro, mas sempre de forma pacífica. A gente parou os carros, conversou com os jogadores, mas sem agressão, numa boa. Queremos o mesmo que todo torcedor do Cruzeiro: cobrar uma atitude de quem pode mudar essa realidade triste. Não queremos uma mancha de uma Série B na nossa história”, acrescentou.

Consultada pelo Superesportes, a Polícia Militar informou que "o vídeo não reproduz a totalidade do ocorrido" e que "somente utilizou do uso moderado de força para evitar uma invasão da Toca II do Cruzeiro e afastar as agressões que os seguranças daquela instituição sofriam, fato esse não mostrado no referido vídeo". Veja, abaixo, a nota completa:

Posicionamento da Polícia Militar sobre o vídeo divulgado pela Máfia Azul:

Sobre a demanda apresentada, a Polícia Militar, esclarece que devido ao clima tenso noticiado na mídia e vivido pelo Cruzeiro Esporte Clube a Polícia Militar de Minas Gerais foi acionada por aquela agremiação desportiva para ter garantida a integridade física de jogadores (que iriam se reapresentar às 13 horas para os trabalhos), funcionários e da própria imprensa, devido ao ânimo acirrado dos integrantes da torcida organizada Máfia Azul. 

O vídeo não reproduz a totalidade do ocorrido, vez que a Polícia Militar somente utilizou do uso moderado de força para evitar uma invasão da Toca II do Cruzeiro e afastar as agressões que os seguranças daquela instituição sofriam, fato esse não mostrado no referido vídeo. 

Vale ressaltar que devido à tentativa de invasão da Toca da Raposa II e agressões aos seguranças daquela instituição, três integrantes da torcida organizada Máfia Azul foram conduzidos à Delegacia de Polícia (DEPLAN 4).
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