Imagens das câmeras de segurança do Parque Esportivo do Barro Preto mostram que Gilvan de Pinho Tavares, ex-presidente do Cruzeiro, conseguiu acessar o local na noite dessa terça-feira ao lado de correligionários.
Em depoimento dado durante protesto da corrente “Cruzeiro Pró-Transparente”, de oposição a atual gestão, Gilvan havia revelado que vários integrantes de seu grupo foram impedidos de entrar no clube em função das opiniões políticas. Sua declaração não foi conclusiva, mas indicou que ele também havia sido barrado.
Vídeo mostra momento que Gilvan e correliginários deixam o Parque Esportivo do Barro Preto
Na manhã desta quarta-feira, o vice-presidente Hermínio Lemos, acusado por dois integrantes da Cruzeiro Pró-Transparente de ter orientado o fechamento do clube, deu sua versão sobre o episódio.
“Gostaria de esclarecer que em nenhum momento determinei o fechamento do clube. A gerência recebeu orientação do setor de segurança que poderia acontecer manifestações externas com risco de depredações e agressões físicas aos conselheiros. No sentido de preservar as pessoas, o clube encerrou suas atividades”, disse. De fato, a organizadas se manifestaram na porta do clube nesta terça.
A reportagem tentou contato com Gilvan de Pinho Tavares seguidas vezes, mas o ex-presidente não atendeu aos telefonemas.
Ex-funcionário garante que foi barrado
Diretor de TI do Cruzeiro por mais de 15 anos e desligado do clube na gestão de Wagner Pires de Sá, o conselheiro nato Aristóteles Loredo, conhecido como Toti, garantiu que foi um dos barrados. À reportagem, ele deu sua versão dos fatos e informou a existência do vídeo abaixo.
“Eu cheguei no clube pouco antes das 20h, cumprimentei as pessoas e fui entrar. O porteiro, então, me avisou que o clube estava fechado. Nisso, tinham dois diretores olhando de longe, o Evandro Vassali e Manuel Lemos. Olhando lá do fundo. Perguntei novamente ao porteiro, tinham conselheiros gravando, tirei fotos de pais e alunos lá dentro”, disse.
“Eu cheguei no clube pouco antes das 20h, cumprimentei as pessoas e fui entrar. O porteiro, então, me avisou que o clube estava fechado.
“Os pais chegavam para buscar seus filhos e não puderam entrar. Um absurdo. Depois que saímos, voltei lá e todos tinham entrado. Foi medíocre. Impedir que conselheiros entrem no clube. Fiquei sabendo das pessoas que chegaram depois, que, lá dentro, o Hermínio teria mandado parar de servir e fechar o bar”, relatou.
Vídeo mostra 'reunião' entre Gilvan de Pinho Tavares e correligionários em bar no Parque Esportivo
.