Um dos líderes da Máfia Azul, Maurício Parreira da Paz concedeu entrevista na tarde desta quarta-feira, durante protesto de organizadas na porta da Toca da Raposa II. Bolão, como é conhecido, garantiu que a torcida seguirá realizando “protestos pacíficos”, de “forma ordeira”, mas que, “jamais admitirá uma mancha de Série B na história do clube”.
“A Máfia Azul, como sempre, realizando protestos pacíficos, de forma ordeira. Nosso objetivo é tirar o Cruzeiro desta situação incômoda. Não vamos admitir, jamais, uma mancha de Série B na nossa história. O que a gente quer é que essa diretoria tire a gente dessa situação que ela mesma colocou”, disse.
A Máfia Azul realizou manifestações pelo terceiro dia consecutivo. Na segunda, a torcida esteve na Sede Administrativa e na porta do prédio do vice-presidente de futebol, Itair Machado. Já nessa terça e nesta quarta-feira, os protestos foram na Toca da Raposa II.
Os gritos de protesto foram direcionados, especialmente, ao vice-presidente de futebol, Itair Machado. “Ah que bom seria, se o Itair voltasse para o Ipatinga”, cantaram os torcedores, lembrando da passagem do dirigente pelo clube do interior. Outras músicas chamavam Itair de “mercenário”.
A equipe comandada por Rogério Ceni também foi criticada. “Vergonha, vergonha, time sem vergonha”, cantaram os torcedores. Por outro lado, eles voltaram a apoiar o treinador recém-contratado. A Máfia Azul afixou uma faixa “Fechados com o Rogério Ceni” na porta do CT.
O Cruzeiro vive profunda crise administrativa desde o fim do mês de maio, quando o Fantástico, da TV Globo, revelou que membros da diretoria celeste eram investigados pela Polícia Civil por suspeitas de falsidade ideológica, falsificação de documento e lavagem de dinheiro.
Dentro de campo, além das eliminações na Copa do Brasil e na Copa Libertadores, o Cruzeiro vive situação incômoda no Campeonato Brasileiro. Atualmente, é o 16º colocado na tabela de classificação, com 18 pontos, três a mais do que o Fluminense, primeiro da zona de rebaixamento.