Na noite dessa terça-feira, torcedores levaram faixas, bandeiras, instrumentos de percussão, sinalizadores e foguetes ao local. Imagens foram compartilhadas nas próprias redes sociais da organizada (veja abaixo a publicação no Instagram). Aparentemente, o parque esportivo já estava fechado.
A Máfia Azul prepara outra manifestação em frente à Toca II. Será nesta quarta-feira, às 13h. No comunicado, o grupo convoca os cruzeirenses a “livrarem o clube dessa situação incômoda”.
Na segunda, a organizada já havia se manifestado em frente às residências de Wagner Pires de Sá, do vice-presidente de futebol Itair Machado e também do diretor-geral Sérgio Nonato. O fato foi considerado “gravíssimo” pelo diretor de futebol Marcelo Djian.
“Temos acompanhado os manifestos. Esses manifestos em time grande, quando vive um momento de crise como esse, são normais. O que não é normal são esses manifestos acontecerem nas casas dos dirigentes, como foi feito com Wagner e Itair. É um caso gravíssimo, que a gente repudia bastante”, afirmou, em entrevista coletiva.
Dentro de campo, o Cruzeiro amargou eliminações em torneios de mata-mata (para River Plate, nas oitavas de final da Libertadores, e Internacional, na semifinal da Copa do Brasil) e faz campanha ruim no Campeonato Brasileiro - 16º colocado, com 18 pontos em 18 rodadas. A derrota para o Grêmio por 4 a 1, domingo, no Independência, gerou grande mal-estar interno.
Fora das quatro linhas, integrantes da diretoria são investigados pela Polícia Civil por suspeitas de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica. As denúncias foram veiculadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, em 26 de maio.
Com relação à parte financeira, há atraso salarial em parte das remunerações de julho e na totalidade do mês de agosto. Já a respeito da dívida geral, segundo o balanço patrimonial do clube, houve aumento substancial de R$ 384 milhões, em 2017, para R$ 520 milhões, em 2018.
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