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Thiago Neves opina sobre modelo de jogo do Cruzeiro: 'É melhor ficar com a posse de bola do que correr atrás da bola'

Camisa 10 reforçou preferência por proposta de valorizar jogo ofensivo

Redação
Thiago Neves aprovou estilo de jogo do Cruzeiro de posse de bola e muitas finalizações - Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
Thiago Neves foi um dos destaques do Cruzeiro na vitória de domingo sobre o Santos, por 2 a 0, no Mineirão. No primeiro tempo, deu assistência de “três dedos” para Fred abrir o placar, em chute cruzado no canto direito. No segundo, viu o camisa 9 lhe retribuir o passe e, da meia-lua, bateu de canhota no canto esquerdo. O meia também exigiu três boas defesas de Éverson, goleiro do Peixe. Num dos lances, a bola tocou no travessão. O estilo de jogo ofensivo implantado por Rogério Ceni foi aprovado pelo jogador, que espera repetir o rendimento no duelo contra o CSA, às 19h de domingo, no Rei Pelé, em Maceió-AL, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.


Tem que ser ofensivo, até porque precisamos ganhar o jogo e somar pontos. Pelo time que temos, não podemos jogar recuados e nem esperar nenhum adversário, tanto dentro de casa quanto fora. É o estilo de jogo que gosto, principalmente pelos nomes que temos em campo.
Uma forma agressiva, marcação sob pressão, posse de bola. Qualidade a gente tem para ficar com a bola no pé. O Rogério está começando a fazer isso. A gente vai aprimorar a cada dia, a cada semana, para que o time esteja bem afiadinho”, opinou.

Segundo Thiago Neves, o Cruzeiro tende a se desgastar menos se ficar com a bola no pé. “Dá para você controlar. No nosso time só tem nego velho, nego cascudo. É melhor você correr cinco metros para roubar a bola rápido do que depois ficar correndo 20 e não sei quantos atrás da bola. É melhor ficar com a posse de bola do que correr atrás da bola. É uma coisa que estamos aprendendo, está sendo novidade para todo mundo, mas já pudemos fazer no jogo contra o Santos. Esta semana ele vai fazer de novo. A cada semana vamos melhorando isso”.

Thiago revelou ter percorrido 10,8 km no duelo contra o Santos. Contudo, segundo ele, o desgaste foi menor, já que o Cruzeiro controlou a posse de bola e não precisou correr tanto atrás do adversário. Em números gerais, o armador acertou 54 passes, principalmente por ter sido improvisado como volante no segundo tempo.

“Ele me recuou quando jogador foi expulso para termos uma qualidade na saída de bola, ficar mais com a bola no pé. É novidade para todo mundo, mas gosto de jogar assim, ficar solto, participar bem.
Antes não estava conseguindo fazer isso. Agora com Rogério, com a confiança que ele tem em mim, isso está me ajudando muito”.

Baque


Antes de ganhar do Santos, o Cruzeiro havia triunfado apenas uma vez em 19 confrontos. Os maus resultados colaboraram para a saída do técnico Mano Menezes, após a derrota para o Internacional por 1 a 0, dia 4 de agosto, no Mineirão, pela ida da semifinal da Copa do Brasil. Nesse período, relembra Thiago Neves, o time ficou “baqueado” por causa da ausência de vitórias.

“Acho que o time tomou um baque muito grande. Você perde um jogo, aí chega no Brasileiro, não consegue somar, e todo mundo vai sentindo. Chegam as cobranças, porque o time era muito bom, mas não consegue jogar. O time só marca, não joga. Aí as coisas vão atrapalhando. Ficamos sem fazer gols, é algo que incomoda o ataque também. Uma coisa foi juntado com a outra, virando bola de neve, e isso fez a gente ficar há tanto tempo sem vitórias”.

Thiago Neves ainda reforçou o pedido de desculpas a Mano, responsável por indicar sua contratação ao Cruzeiro, em janeiro de 2017, e com quem conquistou dois títulos consecutivos da Copa do Brasil, em 2017 e 2018.
“A gente tentou fazer o máximo possível para ganhar e voltar a fazer gol, então pedimos desculpas pelos resultados e para ele não achar que fizemos corpo mole. Todo mundo fala que Thiago, Robinho e Fred queriam derrubar treinador, porque a gente estava mal. Foi um pedido de desculpas, porque ele pediu minha contratação. Era isso, nada demais”.
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