Afastado do Cruzeiro por decisão da Justiça Comum, Itair Machado foi nomeado como assessor esportivo da presidência do clube. Impedido de cumprir as funções como vice-presidente de futebol, o dirigente voltou a ter atribuições no departamento profissional e de base, mas não pode assinar documentos ou exercer atos de gestão. As decisões de Itair no novo cargo têm de ser aprovadas previamente pelo presidente Wagner Pires de Sá.
A portaria da presidência, emitida no dia 23 de julho e que se tornou pública nesta quarta-feira, especifica as funções de Itair Machado como assessor esportivo. O documento foi assinado pelo presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá.
“Art. 2º - Nomear para o cargo de “Assessor Esportivo da Presidência”, o Sr. Itair Machado de Souza, que terá como atribuições o planejamento esportivo do futebol de base e profissional, e dos esportes especializados, sendo-lhe vedado, porém, assinar documentos, firmar compromissos ou praticar quaisquer atos de gestão, gerência ou de administração na sua área de atuação, devendo seus atos e propostas serem expressa e previamente aprovados pela Presidência do Clube", diz um trecho da portaria.
Procurado pelo Superesportes, o diretor de comunicação Valdir Barbosa disse que o clube não comentará se Itair Machado teve redução salarial, um novo contrato e se ainda ganha premiações. O presidente Wagner Pires de Sá não atendeu à reportagem para responder as mesmas questões.
Procurado pelo Superesportes, o diretor de comunicação Valdir Barbosa disse que o clube não comentará se Itair Machado teve redução salarial, um novo contrato e se ainda ganha premiações. O presidente Wagner Pires de Sá não atendeu à reportagem para responder as mesmas questões.
O juiz Octávio de Almeida Neves, que atua como desembargador convocado na 12ª Câmara Cível de Belo Horizonte, determinou, no dia 10 de julho, o afastamento de Itair Machado do cargo de vice-presidente de futebol do Cruzeiro.
Entre os 31 autores da ação contra Itair, que resultou no afastamento, estão o ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares, o ex-membro do Conselho Fiscal Celso Luiz Chimbida (renunciou alegando falta de transparência da gestão Wagner Pires de Sá) e outros conselheiros influentes como Biagio Teodoro Francesco Peluso, Anisio Ciscotto Filho, Francisco Emilio Brandi Felix e José Gustavo de Mattos Gatti.
Os autores da ação argumentavam que a nomeação do dirigente para o cargo, feita pelo presidente Wagner Pires de Sá em janeiro de 2018, feria o Estatuto do Cruzeiro e a Lei Pelé pelo histórico de condenações do vice de futebol na Justiça.
Os autores da ação argumentavam que a nomeação do dirigente para o cargo, feita pelo presidente Wagner Pires de Sá em janeiro de 2018, feria o Estatuto do Cruzeiro e a Lei Pelé pelo histórico de condenações do vice de futebol na Justiça.
Em sua decisão, o juiz Octávio de Almeida Neves determinou que Itair ficasse "impedido de praticar quaisquer atos de gestão inerentes ao cargo de vice-presidente de futebol do clube e de se valer de qualquer dos poderes outorgados no instrumento de procuração firmado pelo Cruzeiro”.
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PORTARIA SOBRE NOVA FUNÇÃO DE ITAIR MACHADO