Em sua estreia pelo Cruzeiro, Rogério Ceni conseguiu o que queria: um time compacto, com constante busca pelo ataque e várias finalizações. A proposta de jogo resultou na vitória por 2 a 0 sobre o Santos, líder do Campeonato Brasileiro, no Mineirão, pela 15ª rodada. Na coletiva depois da partida, o treinador ressaltou a intenção de dar sequência à mentalidade ofensiva.
“Olha, em tese é o que tentei fazer no São Paulo, no Fortaleza e tentarei fazer aqui. Lógico que num intervalo semanal você pode colocar todas as suas peças de velocidade. Com dois jogos por semana, precisaríamos encontrar mais uma peça de velocidade para manter o padrão de jogo. O mais importante é o interesse dos jogadores. Eles tiveram paciência para receber a gente. Sei que sou um pouco chato, reclamo demais, cobro muito. Mas são aqueles 70 minutos de trabalho diário. Depois, a amizade prevalece, e o respeito prevalece”, disse.
Neste domingo, os atletas cruzeirenses assimilaram bem as ideias de Rogério Ceni. De acordo com o Footstats, foram 19 conclusões na partida e 55,4% de posse de bola. Duas delas entraram, com Fred e Thiago Neves, e pelo menos quatro exigiram grandes defesas do goleiro Everson. Houve ainda uma bola no travessão e outra na qual o lateral-esquerdo Jorge tirou em cima da linha.
“A filosofia de jogo nos meus três anos de trabalho é tentar ser o mais agressivo possível. Com zero a zero, tentar o primeiro. Com um a zero, tentar o segundo. Com dois a zero, tentar o terceiro, para que a gente mate o jogo. Respeitando, claro, as características da equipe que foi composta ao longo desses anos e muito vencedora”, opinou o treinador.
Inicialmente, o Cruzeiro tinha a pretensão de “esperar” o Santos, porém mudou a estratégia em função da expulsão do zagueiro Gustavo Henrique, aos 3 minutos, por falta cometida em Pedro Rocha e interrupção de chance clara de gol. Com um jogador a mais, Rogério fez alteração tática já no primeiro tempo, colocando Fred no lugar de Egídio. Além de marcar o primeiro gol, o camisa 9 deu assistência para Thiago Neves anotar o segundo.
“O time que joga muito espaçado normalmente sofre, principalmente contra Santos e Fluminense, times que tocam muito a bola e envolvem o adversário. Se você não tiver linhas próximas, acaba sofrendo. Ah, mas o Rogério é um treinador ofensivo e começou marcando o Santos ‘baixo’. Não posso marcar o Santos lá em cima, sendo que o Santos tem muito mais entrosamento. O Thiago (Neves) até brincou: ‘professor, não concordo, nós temos mais entrosamento’. Concordo. Mas não é o entrosamento da maneira que eu jogo, foi isso que quis dizer. O Sampaoli tem a maneira dele de jogar, que eu gosto muito e me espelho nessa intensidade. Hoje tivemos de iniciar um pouquinho mais baixos. Só mudamos quando tivemos um jogador a mais, aí tentamos fazer valer esse homem a mais. A tendência é que o time se mantenha compacto, independentemente da altura do setor em campo”, analisou o comandante.
Com o resultado em Belo Horizonte, o Cruzeiro encerrou sequência de 11 jogos sem vitória no Brasileiro. O último triunfo havia acontecido em 5 de maio: 2 a 1 sobre o Goiás, no Mineirão. No período sem ganhar, a Raposa acumulou cinco empates e seis derrotas. Agora, com o placar favorável, contabiliza 14 pontos e fecha a 15ª rodada fora da zona de rebaixamento, em 16º lugar. No próximo domingo, às 19h, o adversário será o CSA, no Estádio Rei Pelé, em Maceió-AL.
Com o resultado em Belo Horizonte, o Cruzeiro encerrou sequência de 11 jogos sem vitória no Brasileiro. O último triunfo havia acontecido em 5 de maio: 2 a 1 sobre o Goiás, no Mineirão. No período sem ganhar, a Raposa acumulou cinco empates e seis derrotas. Agora, com o placar favorável, contabiliza 14 pontos e fecha a 15ª rodada fora da zona de rebaixamento, em 16º lugar. No próximo domingo, às 19h, o adversário será o CSA, no Estádio Rei Pelé, em Maceió-AL.