Sob o comando de Mano Menezes, antecessor de Ceni, o Cruzeiro começou até bem a Série A, com duas vitórias e um revés nas três primeiras partidas, mas emplacou sequência de dez jogos sem ganhar no Brasileiro (quatro empates e seis derrotas). Apesar dos maus resultados na elite nacional, a saída de Mano ocorreu em função de tropeço por outro torneio, a Copa do Brasil - 1 a 0 para o Internacional, no Mineirão, no dia 7 de agosto, pela ida da semifinal.
Antes de contratar Rogério Ceni, que estava no Fortaleza, o Cruzeiro definiu Ricardo Resende, do time sub-20, como treinador interino no duelo contra o Avaí, na Ressacada, em Florianópolis. No último domingo, o time esteve por duas vezes atrás do placar, porém empatou nos acréscimos do segundo tempo, em conclusão de Sassá: 2 a 2. O primeiro tento celeste havia sido anotado por Pedro Rocha.
Rogério começou a trabalhar oficialmente na terça-feira. Na entrevista de apresentação, ele prometeu mudar algumas características na equipe, como acelerar a transição da defesa para o ataque e valorizar a saída de bola em toques curtos. Ao mesmo tempo, afirmou que aproveitaria o legado do bom sistema defensivo armado por Mano Menezes.
Números
Com relação a estatísticas, a campanha de 2019 está aquém das anteriores. A começar pelo aproveitamento de 26,2%, com 11 pontos em 14 rodadas. O índice é inferior ao de 2016, quando o time somou 19 pontos em 57 possíveis (33,33%) e fechou o turno na 18ª colocação. Para superar essa marca, a Raposa precisará ganhar três dos próximos cinco confrontos.
O desempenho ofensivo também preocupa. No Brasileiro, o Cruzeiro tem o terceiro pior ataque, com 11 gols, acima do penúltimo colocado, CSA (3), e do lanterna, Avaí (7). São necessárias mais cinco bolas na rede para superar os 15 gols no turno de 2018, número mais baixo desde 2006.
Até mesmo para Fred, recordista na era dos pontos corridos, com 142 gols, a maré está ruim. Artilheiro das edições de 2012 (20 gols), 2014 (18) e 2016 (14), o camisa 9 não marcou uma vez sequer em 10 presenças na Série A 2019. O goleador cruzeirense é Thiago Neves, com três.
O cenário atual na Série A mostra que o caminho de Ceni será longo para tirar o Cruzeiro das últimas posições. A distância para o Fluminense, 16º, é de um ponto, porém o Vasco, 15º, tem seis de vantagem (17). Abaixo, a Chapecoense, 18ª, contabiliza 10, enquanto CSA e Avaí somam, respectivamente, 8 e 6. Na parte de cima, o Santos lidera com 32, seguido por Palmeiras (29), Flamengo (27), Atlético (27), São Paulo (24) e Corinthians (24).
Gols do Cruzeiro em turnos no Brasileiro com 20 clubes (entre parênteses, a colocação e a pontuação)
2019 - 11 gols (17º, com 11 pontos - 14 rodadas)
2018 - 15 gols (8º, com 26 pontos)
2017 - 21 gols (7º, com 27 pontos)
2016 - 24 gols (18º, com 19 pontos)
2015 - 15 gols (14º, com 22 pontos)
2014 - 41 gols (1º, com 43 pontos)
2013 - 42 gols (1º, com 40 pontos)
2012 - 24 gols (9º, com 28 pontos)
2011 - 26 gols (7º, com 27 pontos)
2010 - 22 gols (6º, com 31 pontos)
2009 - 19 gols (14º, com 22 pontos)
2008 - 32 gols (2º, com 36 pontos)
2007 - 41 gols (3º, com 32 pontos)
2006 - 29 gols (8º, com 27 pontos)
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