Dedé diz que melhorar saída de bola é uma das prioridades de Ceni no Cruzeiro

O Cruzeiro de Rogério Ceni tentará, sempre que possível, sair tocando a bola em lances de tiro de meta. Chutões de goleiros e/ou zagueiros somente em último caso. É o que revelou Dedé, em entrevista nesta sexta-feira, às vésperas do duelo contra o Santos, às 16h de domingo, no Mineirão, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo o camisa 26, o time foi orientado pelo treinador a “arriscar um pouco mais” desde o campo de defesa.

“Foi uma das coisas que o Rogério Ceni sentiu que o nosso time precisava. E ele está trabalhando a nossa saída de bola, com confiança, sem correr risco, sem loucura. Estamos começando um novo trabalho essa semana e somos experientes o suficiente para saber o quanto arriscar. O professor passou isso, é importante trabalhar isso, e ele está dando confiança não apenas para nós, zagueiros, mas também para os goleiros. Acho que nossos goleiros já têm saída boa, porém arriscamos pouco. A confiança que ele está passando para a gente arriscar um pouco mais e o que der para a gente fazer, vamos fazer e abraçar tudo que ele está passando”.

A tarefa do Cruzeiro de priorizar toques curtos será desafiadora. Segundo o Footstats, o Santos, adversário de domingo, é recordista nos fundamentos de desarme (304) e interceptação (58) do Brasileiro. Não à toa o time treinado por Jorge Sampaoli lidera a competição isoladamente, com 32 pontos em 14 jogos (10 vitórias, dois empate e duas derrotas).

“O treinador está passando tudo isso para a gente, a forma de o Santos jogar, a inteligência do time, as ações ofensivas, os contra-ataques e principalmente a pressão no ataque para roubar a bola. A nossa semana está sendo boa e acho que a gente tem que tentar sair, e temos que ter confiança”, comentou Dedé.

O) Cruzeiro ganhou pela última vez na Série A em 5 de maio: 2 a 1 sobre o Goiás, no Mineirão. Depois, foram 11 partidas no campeonato, com cinco empates e seis derrotas. O aproveitamento na sequência negativa é de apenas 15%. Para Dedé, os jogadores experientes precisam ajudar Rogério Ceni a dar confiança aos jovens visando à busca pelo fim da sequência ruim na elite nacional.

“Acho que a resposta é que temos que assimilar. A gente está em uma urgência de vitórias e de fazer tudo o mais rápido possível. É os experientes pegarem as coisas mais rápido e passar para os mais jovens que acham que estão com dificuldades. É passar essa confiança e ajudar um pouco o treinador, porque ele está fazendo de tudo para mudar um pouco o aspecto do nosso time, até a confiança, o semblante de um time campeão, porque nós somos campeões e estamos defendendo uma Copa do Brasil. Então, acho que isso que mudou um pouco durante a semana. Temos que pegar todo o conceito do Rogério e acreditar no que ele está passando. Vendo os treinamentos, o time todo está abraçando e trabalhando muito forte pela mudança. O importante no domingo é executar para sentir ainda mais confiança. Se Deus quiser dará tudo certo”.

Por causa da campanha ruim no Brasileiro (17º, com 11 pontos), Dedé sentiu dificuldades até mesmo para pegar no sono. “A vitória para a gente hoje é a coisa mais importante, é o que a gente mais pensa. Ontem dormi tarde, fiquei pensando no treinamento. Pensei até meia-noite, porque gosto de jogar baralho com o celular e fiquei pensando no treinamento. Você tem que pensar nos detalhes do que é passado, é pouco tempo de trabalho para executar uma filosofia diferente, e o futebol você tem que ter o mínimo de erro, ainda mais em um time fatal como o Santos”. 

O treino do Cruzeiro desta sexta-feira foi, mais uma vez, fechado. A imprensa só acompanhou os primeiros 25 minutos. Contra o Santos, o lateral-direito Edilson será desfalque, já que recebeu cartão vermelho na rodada anterior, diante do Avaí, em Florianópolis (2 a 2). Também estão fora o lateral-direito Weverton (edema na coxa direita) e o meia Rodriguinho (cirurgia na região lombar). A possível escalação celeste terá Fábio; Orejuela, Dedé, Leo e Egídio; Henrique e Ariel Cabral; Robinho (Marquinhos Gabriel), Thiago Neves e Pedro Rocha; Sassá.