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Diretor de futebol do Cruzeiro explica escolha por Rogério Ceni: 'É um líder nato'

Treinador assinou contrato com o clube celeste até o fim da temporada 2020

Redação
Vibração de Rogério Ceni foi um dos pontos destacados pelo diretor de futebol do Cruzeiro - Foto: Divulgação/Fortaleza
 
O técnico Rogério Ceni foi anunciado neste domingo como novo treinador do Cruzeiro. O contrato do comandante com a equipe celeste vai até o fim da temporada 2020, quando se encerra a gestão do presidente Wagner Pires de Sá. A confiança da diretoria da Raposa é de que ele lidere uma reação do time, que ocupa posição na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

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Diretor de futebol do Cruzeiro, Marcelo Djian explicou como foi a negociação para a contratação de Rogério Ceni. De acordo com o dirigente, o treinador hesitou num primeiro momento, mas depois acenou positivamente para assumir o comando da equipe celeste.
 
“Começamos a conversar com ele na quinta ou na sexta-feira. A princípio, no primeiro contato que tive com ele, ele hesitou, pelo vínculo que criou com o Fortaleza, estava no clube desde 2018. Ele disse que iria estudar, ia refletir bastante. Ele estava bastante incomodado em deixar o clube. Eu deixei ele bem à vontade, disse que a gente havia acabado de perder o treinador, que era o Mano, e que ele era o nome que a gente gostaria que viesse.
Nessa conversa ele foi amadurecendo e acabou decidindo vir para nós. Ele entrou em contato com o presidente do Fortaleza ontem, e hoje foi dada a confirmação de que ele está vindo para o Cruzeiro”, disse o dirigente, em entrevista à Rádio Itatiaia.
 
A liderança e o esquema de jogo das equipes de Rogério Ceni pesaram a favor do treinador. Djian explicou o motivo da opção escolhida pela diretoria celeste e espera que ele tenha sucesso neste novo desafio na carreira.
 
“Sabemos que ele é um líder nato. Pela carreira dele como jogador, ele sempre foi capitão no São Paulo. O trabalho dele, que fez no São Paulo, apesar de não ter conquistado títulos. Ele foi para o Fortaleza, entendeu que teria que começar um pouco abaixo. Pegou o Fortaleza na Segunda Divisão e subiu. E também a forma do time jogar. A gente vê que é um treinador que tem um esquema definido, determinado. Trouxemos para que ele tenha sucesso aqui conosco. Por isso a escolha pelo Rogério”, completou.
 
Outro ponto destacado pelo dirigente é a vibração de Rogério Ceni em campo. Para Djian, o treinador ainda carrega nas veias o espírito de jogador
 
“Esse é o desafio (liderar a equipe) de todo treinador, para o Rogério não é diferente. Ele está começando a carreira.
A gente vê pela forma do time jogar. A gente observa que, quando sai gol, todos os jogadores correm para abraçá-lo, ele tem uma vibração de jogador ainda. É o que a gente está buscando. A gente espera que ele possa nos ajudar. É o treinador que estamos apostando. Sempre tivemos o Mano como um líder, mas ele acabou saindo em virtude da falta de resultados, mas a gente vê o Rogério como grande líder e que vai poder nos ajudar”.

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Encontros anteriores com Ceni
 
Eu conheço. Não cheguei a jogar com ele, que sempre jogou no São Paulo. Jogamos sempre contra. Teve uma época que, depois que parei, eu era representante do Lyon. Eu fui várias vezes ao CT do São Paulo, tinha amizade com o Milton Cruz, e sempre tinha contato com ele.
A gente tinha amigos em comum e sempre se encontrava. No futebol, sempre conversamos, e isso pode ter ajudado. É um cara que conheço. Ele também me conhece e tem certa confiança em mim.
 
Rejeição de parte da torcida
 
É um desafio do Cruzeiro e do Rogério. Ele está aceitando o desafio de comandar um time com uma torcida muito grande, como foi no São Paulo e no Fortaleza. As opiniões se dividem bastante. Acho que, antes de se jogar, é difícil de falar alguma coisa. Os resultados que vão dizer. Muitos treinadores não foram aprovados pelos torcedores. O Marcelo Oliveira, antes de 2013, tinha uma rejeição muito grande, e acabou ganhando dois brasileiros. Isso faz parte do torcedor. A gente tem que respeitar. A única coisa que ele pode fazer é conquistar os resultados positivos e a gente espera que ele possa conseguir.
 
Forma de jogo
 
É lógico que a gente vê a forma de jogar do treinador. É difícil falar em time ofensivo ou defensivo. O maior desafio do treinador é encontrar um equilíbrio entre ataque e defesa. Quando você consegue atacar bem e defender bem é o ideal. Todo treinador joga em cima disso, e acredito que o Rogério também. Vamos ficar na torcida para que ele consiga colocar essa metodologia de trabalho dele e que nós possamos voltar a ganhar.
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