Nome preferido do Cruzeiropara substituir Mano Menezes, Rogério Ceni sinalizou neste sábado que permanecerá no Fortaleza e cumprirá o seu contrato até dezembro. A direção cruzeirense ainda não desistiu do ex-goleiro e aposta numa oferta até o fim de 2020 - quando se encerra a gestão de Wagner Pires de Sá -, para ainda convencer o treinador de 46 anos.
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Caso Rogério Ceni se mantenha irredutível e siga no Fortaleza, o Cruzeiro voltará à estaca zero e terá que retomar os contatos com Dorival Júnior, feitos apenas na última quinta-feira. Adilson Batista é outro nome que integra a lista, mas ainda com menos chances.
Uma fonte ouvida pelo Superesportes informou que Rogério Ceni ficou feliz com o contato do Cruzeiro, mas considerou difícil sua saída do Fortaleza neste momento. A intenção do técnico é começar um novo trabalho só em janeiro. A despeito disso, a cúpula cruzeirense ainda tem uma pequena esperança de que ele mude de planos nas próximas horas.
Rogério Ceni, inclusive, já fez toda a programação de viagem da equipe para Maceió, onde enfrentará o CSA, segunda-feira, às 20h, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Diretor de futebol do Fortaleza, Daniel de Paula afirmou neste sábado à noite que Rogério Ceni não comentou, em momento algum, o interesse do Cruzeiro. Ele disse que a diretoria celeste não procurou ninguém da cúpula do Leão para tratar do assunto.
“O Cruzeiro não procurou a diretoria do Fortaleza para falar sobre o Rogério Ceni. O Rogério também não falou nada. A diretoria esteve neste sábado acompanhando o treino e a rotina do Rogério foi normal, comandou o treino, montou a programação para o próximo jogo, esteve no jantar com os atletas. O nome dele sempre é falado quando algum clube está sem treinador. Mas não fomos consultados por ninguém”, disse à reportagem.
A diretoria celeste chegou a se empolgar com a possibilidade de fechar com Rogério Ceni para o início da próxima semana. Agora, com a chance maior de recusa, o Cruzeiro reavalia sua ação no mercado.
Dos treinadores que estão livres, o primeiro procurado pelo Cruzeiro foi Dorival Júnior. O único contato com ele foi feito na última quinta-feira, um dia após a saída de Mano Menezes. Na ocasião, ele foi perguntado se teria interesse em assumir o clube e deu sinal positivo. O técnico, inclusive, não descarta fechar com o clube até dezembro deste ano.
Na sexta e neste sábado, Dorival Júnior não foi mais procurado pela diretoria celeste. A informação foi confirmada por pessoa ligada a ele. Dorival está sem clube desde que saiu do Flamengo, em dezembro de 2018. De acordo com Valdir Barbosa, diretor de comunicação do Cruzeiro, o nome do profissional, que trabalhou na Raposa em 2007, também “está na lista”.
Sob o comando de Dorival, o Cruzeiro alcançou a quinta colocação do Brasileiro de 2007, com 60 pontos, e se classificou à fase preliminar da Libertadores de 2008. Uma das características daquela equipe era o jogo ofensivo. Na Série A, foram 73 gols em 38 rodadas.
Adilson Batista
O nome que começa a ganhar mais força internamente no Cruzeiro é o de Adilson Batista. Ele tem apoio de integrantes da diretoria e de conselheiros influentes. A ala favorável entende que sua identificação com o clube pode mexer com o elenco.
O fato é que Adilson Batista não gera consenso por conta dos seus últimos trabalhos, com aproveitamento baixo. O treinador confidenciou a amigos ligados ao clube que está mais maduro e pronto para retomar a carreira no Cruzeiro.
Adilson Batista já trabalhou com líderes do elenco. Entre 2008 e 2010, comandou como Fábio e Henrique no próprio Cruzeiro. Entre 2010 e 2011, foi treinador de Robinho, no Santos.
Em 2018, Adilson esteve no América e encerrou a passagem pelo clube com sequência de dez jogos sem vitória. Ele comandou o Coelho em 19 partidas, com quatro vitórias, oito empates e sete derrotas - 35,08% de aproveitamento dos pontos. Foram 12 gols marcados e 17 sofridos.
Adilson treinou o Cruzeiro de janeiro de 2008 a junho de 2010. À época, ele ficou se notabilizou pelo ótimo retrospecto em clássicos contra o Atlético: nove vitórias, dois empates e uma derrota.
O time também alcançou campanhas expressivas em torneios importantes, como na Libertadores de 2009 (vice-campeão) e nos Brasileiros de 2008 (3º) e 2009 (4º). Os títulos de Adilson pela Raposa foram os estaduais de 2008 e 2009.
Entre os técnicos empregados, além de Rogério Ceni, foram comentados os nomes de Roger Machado (Bahia) e Tiago Nunes (Athletico-PR). Mas o bom momento deles nos respectivos clubes torna a missão de contratá-los bastante complexa.