O retrospecto do superclássico mineiro em 2019 aponta duas vitórias do Cruzeiro, uma do Atlético e dois empates. Além da vantagem nos duelos, o time celeste conquistou sobre o rival o título do Campeonato Mineiro e a classificação nas quartas de final da Copa do Brasil. O sexto jogo será disputado neste domingo, às 19h, no Independência, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.
As equipes se encontram em situações distintas na Série A. O Cruzeiro é o 16º, com dez pontos, um a mais que o Fluminense, primeiro da zona de rebaixamento. O último triunfo ocorreu há quase três meses, em 5 de maio: 2 a 1 sobre o Goiás, no Mineirão. Já o Atlético está em quarto, no pelotão de classificação direta à fase de grupos da Copa Libertadores de 2020. São 21 pontos até aqui, com seis vitórias, três empates e três derrotas.
Um dos desafios do Cruzeiro será superar a invencibilidade atleticana no Independência em 2019. Em 17 jogos, o Galo venceu 12 e empatou cinco, com 36 gols marcados e nove sofridos. O aproveitamento é de 80%. As três derrotas como mandante este ano foram no Mineirão, para Cerro Porteño (1 a 0, pela Copa Libertadores), Nacional (1 a 0, pela Copa Libertadores) e Palmeiras (2 a 0, pelo Campeonato Brasileiro).
Além disso, o time celeste lida com sequência ruim na temporada, pois contabilizou apenas uma vitória nos últimos 16 jogos - justamente sobre o Atlético, por 3 a 0, no Mineirão, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil. O placar elástico deu margem aos comandados de Mano Menezes, que avançaram às semifinais mesmo com revés no duelo de volta, por 2 a 0, no Independência.
Outra missão da Raposa é melhorar seus números no Horto. Em 19 clássicos (18 como visitante), ganhou quatro, empatou cinco e perdeu dez. O goleiro Fábio reconhece a força atleticana no estádio, mas acredita que o time tem condições de diminuir a desvantagem e faturar os três pontos.
“Já vivenciamos vários momentos. É sempre um prazer poder disputá-lo, o torcedor gosta, move a cidade, é uma rivalidade sadia e todo mundo quer ganhar. Sabemos que, no Independência, o jogo fica mais difícil, pois o Atlético está acostumado a jogar lá. Porém, ao longo desses anos, já nos habituamos a conseguir vitórias. Se tivermos focados e concentrados, temos chances de sair de lá com o resultado positivo”.
Força máxima?
Na parte clínica, não há nenhuma preocupação no Cruzeiro visando ao clássico. Thiago Neves, que se queixava de incômodo na panturrilha direita, e Robinho, com desgaste na coxa esquerda, estão liberados. Resta saber se a comissão técnica poupará algum atleta. Recentemente, o elenco perdeu Lucas Romero, volante de muita qualidade na marcação, para o Independiente da Argentina, que comprou os direitos econômicos dele por 5 milhões de dólares (R$ 19,8 milhões).
Se mantiver a formação principal, Mano escalará o time com Fábio; Orejuela, Dedé, Leo e Egídio; Henrique e Ariel Cabral; Robinho, Thiago Neves e Marquinhos Gabriel; Pedro Rocha. No entanto, como enfrentará o Internacional na quarta-feira, às 21h30, no Mineirão, pelo jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil, o Cruzeiro pode ter algumas “caras novas”, casos de Fred, David, Dodô e/ou Jadson. Perguntado, Fábio preferiu deixar a cargo de Mano Menezes.
“É bem difícil, né?! A gente tem um jogo muito importante na quarta-feira. É uma responsabilidade grande que nosso treinador tem, de ver quem está melhor. O atleta também precisa passar isso ao treinador. Ninguém melhor que o atleta para passar ao treinador que tem condição física para jogar o clássico. É um jogo difícil, fora de casa, no qual precisamos de um resultado bom pela situação na competição”.
O zagueiro Dedé, provavelmente mantido entre os titulares, assegurou que a eliminação na Copa Libertadores para o River Plate (derrota nos pênaltis por 4 a 2, no Mineirão) não abalou o grupo. Ele vê o Cruzeiro motivado para encarar o Atlético e ganhar confiança no restante do ano.
“A dureza de jogar contra o Atlético é grandíssima. É um excelente clube, um excelente time, um excelente elenco. O jogo mexe não só com o futebol mineiro, mas também com o brasileiro. Mas acho que se formos frios e inteligentes, não podemos perder a confiança por causa da desclassificação. Não teve derrota nos 90 minutos, saímos nos pênaltis. Por isso, temos de entrar confiantes, com muita entrega, pois o clássico é um jogo de responsabilidade e ousadia. Um detalhezinho faz a diferença”.