“Ele não pode dizer isso a uma torcida organizada, e muito menos dizer isso abertamente. Que isso? O Rodrigo parece que perdeu o freio nessa entrevista. Ou então não está suportando a pressão que vem do lado de fora quando os torcedores vêm conversar com ele. É uma coisa perigosa”, disparou Valdir, em entrevista ao programa Bastidores, da Rádio Itatiaia.
“Tudo bem o torcedor dizer que não admitia perder para o rival e que o Atlético tinha que admitir o momento do cruzeirense. Agora, ele dizer que o sentimento dos jogadores do Atlético é de ‘ódio mortal’, é contra quem? Contra o quê? Estamos jogando futebol, Rodrigo Santana. E sob pressão, se agachar para torcedor, é muito chato, é muito feio, não pode ser assim. Nós, que somos profissionais, temos de saber tratar as coisas”, acrescentou.
Em 17 de julho, Cruzeiro e Atlético se enfrentaram pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, no Independência. Mesmo derrotado por 2 a 0, o time celeste avançou de fase, já que havia ganhado por 3 a 0, no Mineirão, seis dias antes.
Depois do clássico, o ônibus cruzeirense foi atingido por uma garrafa de vidro arremessada por atleticanos. Os estilhaços causaram ferimentos leves na mão de um dos integrantes da delegação.
Segundo Valdir Barbosa, o episódio foi totalmente contrário à boa relação estabelecida com a diretoria do Atlético e, portanto, Rodrigo Santana não deveria direcionar tais palavras a membros de organizadas.
“No Independência, nós tivemos um tratamento nota mil da diretoria do Atlético. Entraram em acordo em relação a ingressos e tudo mais. Mas esse tipo de declaração do Rodrigo Santana - claro, ele não sabia que estava sendo gravado -, mas estava falando para torcedor de organizada”.
O encontro de domingo, às 19 horas, no Independência, coloca duas equipes em situações distintas no Campeonato Brasileiro. O Atlético é o quarto colocado, com 21 pontos, enquanto o Cruzeiro aparece em 16º, com dez. O clássico será transmitido para Minas Gerais pela TV Globo.
O encontro de domingo, às 19 horas, no Independência, coloca duas equipes em situações distintas no Campeonato Brasileiro. O Atlético é o quarto colocado, com 21 pontos, enquanto o Cruzeiro aparece em 16º, com dez. O clássico será transmitido para Minas Gerais pela TV Globo.
Entre os minutos 39'30 e 44'45, Valdir Barbosa repercutiu declaração de Rodrigo Santana em entrevista ao jornalista João Vítor Xavier, no programa Bastidores, da Rádio Itatiaia. Assista!
Leia as respostas de Valdir Barbosa sobre Rodrigo Santana no programa Bastidores
“Contra o Atlético, como você falou, clássico é sempre o jogo mais importante do ano. Agora, João, acho que temos de ter cuidado. Quando as diretorias estão se alinhando em relação aos jogos entre Atlético e Cruzeiro no Mineirão e no Independência... por exemplo, fomos extremamente bem recebidos no clássico no Independência, quando perdemos por 2 a 0, mas alcançamos a classificação na Copa do Brasil. Hoje o Rodrigo Santana tem repetido algumas coisas que ele tinha falado após os 3 a 0 no Mineirão: ‘a gente não entende como acabou entregando aqueles três gols para o Cruzeiro no Mineirão’. Como entregou os gols? Foi peru do goleiro? Falha do zagueiro? Ele deveria explicar. Eu acho que o Cruzeiro poderia ter perdido por mais de dois gols no Independência - apesar que se tivesse perdido por três, era pênaltis. O Atlético tinha que ter ganhado por quatro para não ter pênaltis. Mas o Atlético no Mineirão poderia ter levado seis outra vez. Esteve perto. Não sei porque que entregou os três gols ao Cruzeiro. Ele falou isso após a derrota e voltou a falar isso depois”.
“Ele fala: ‘pelo que estou sabendo, eles devem vir com o time titular, porque o bicho lá está pegando. Ele, talvez por ser novo, não sabe que há menos de 20 anos, a situação do Atlético, em termos políticos, financeiros e econômicos, ele não deve saber. O futebol é cíclico, e quando o bicho estava pegando, nós ganhamos no Mineirão, assim como poderíamos ter perdido (a classificação) no Independência. Aí ele diz assim: ‘o sentimento dos jogadores daqui é de ódio mortal’. Ele não pode dizer isso a uma torcida organizada, e muito menos dizer isso abertamente. Que isso? O Rodrigo parece que perdeu o freio nessa entrevista. Ou então não está suportando a pressão que vem do lado de fora quando os torcedores vêm conversar com ele. É uma coisa perigosa”.
“Ele fala assim: ‘no jogo em que ganhamos por 2 a 0 aqui, os caras entraram mordidos. Tinha nego que chorava no vestiário’. Tudo bem o torcedor dizer que não admitia perder para o rival e que o Atlético tinha que admitir o momento do cruzeirense. Agora, ele dizer que o sentimento dos jogadores do Atlético é de ‘ódio mortal’, é contra quem? Contra o quê? Estamos jogando futebol, Rodrigo Santana. E sob pressão, se agachar para torcedor, é muito chato, é muito feio, não pode ser assim. Nós, que somos profissionais, temos de saber tratar as coisas. Na véspera do nosso clássico no Mineirão, cerca de 100 torcedores entraram na Toca da Raposa, levaram bandeiras, incentivaram. No Brasil, às vezes funciona assim. Mas foi tudo com o maior respeito. Não usamos uma linguagem chula dessas para incentivar o torcedor. O time é que tem que jogar para o torcedor ser incentivado”.
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