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Assessor e secretária de Zezé Perrella no Conselho Deliberativo são demitidos do Cruzeiro

Saídas de profissionais foram definidas em função de corte de gastos da sede

Rafael Arruda Tiago Mattar
Demissões no Conselho presidido por Zezé Perrella ocorreram por motivo de corte de gastos do Cruzeiro - Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
O Cruzeiro demitiu dois funcionários que trabalhavam para o Conselho Deliberativo, presidido por Zezé Perrella. O assessor Rogério Nunes de Oliveira, conhecido como Rogerinho, e a secretária Hellen Caroline Carvalhais Rocha foram desligados do quadro de colaboradores nesta sexta-feira. Segundo apurou o Superesportes, as demissões ocorreram por motivo de corte de gastos da sede administrativa. A reportagem tentou contato com Zezé Perrella para comentar o assunto, porém não obteve retorno.

Assessor parlamentar de Perrella no mandato como Senador da República em Brasília (2011 a 2018), Rogério Nunes foi designado para representar o político nos encontros do Conselho Deliberativo do Cruzeiro. Desde dezembro de 2017, ele participava de várias reuniões com a mesa diretora do Conselho, composta também por José Dalai Rocha (vice-presidente), Paulo Roberto Sifuentes Costa (1º secretário) e Waldeyr Estevão de Paula Júnior (2º secretário).

Rogério Nunes de Oliveira é conselheiro associado, com mandato até dezembro de 2020. Entretanto, por suspeitas de irregularidade na chapa ‘Somos Todos Cruzeiro’, vencedora do pleito, o assessor de Perrella pode perder o mandato. Após ação de integrantes do grupo de oposição, o juiz Luiz Gonzaga Silveira Soares, da 10ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, comunicou, por meio de despacho, que o clube deverá convocar nova eleição para o órgão.

Hellen Caroline Carvalhais Rocha se envolveu em discussão acalorada com a advogada Fernanda de Moraes São José, esposa do presidente Wagner Pires de Sá, em 18 de junho.A secretária do Conselho Deliberativo alegou ter sido ameaçado pela “primeira-dama” do clube e registrou boletim de ocorrência na 5ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar, em Belo Horizonte.

No depoimento à polícia, Hellen Caroline afirmou que Fernanda São José entrou na sala do Conselho sem autorização com o intuito de extrair documentos, uma vez que a gestão do marido é alvo de investigação da Polícia Civil e do Ministério Público por suspeitas de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Além disso, a mulher de Wagner tentou tomar o celular da secretária para verificar se havia alguma gravação e, em seguida, a demitiu. O bate-boca foi acompanhado por Alexandre da Rocha Comoretto, conhecido como Gaúcho, um dos diretores da sede campestre do CruzeiroVídeos do sistema de segurança da sede compartilhados em 1º de julho confirmaram a versão de Hellen.

Na ocasião, Zezé Perrella conseguiu contornar a situação em conversa com Wagner Pires de Sá e recolocou Hellen Caroline na sede administrativa do Barro Preto.
Ela foi demitida pela Fernanda, que não tem poder de demissão. O presidente Wagner, logo que chegou ao clube, quase em seguida, tomou conhecimento e a readmitiu. Ela não foi demitida, porque a pessoa que a demitiu não tinha poder para isso”, explicou o presidente do Conselho, em conversa com a reportagem no dia 19 de junho.

Menos de dois meses depois da confusão, o Cruzeiro definiu as saídas dos funcionários subordinados a Zezé PerrellaNa quarta-feira, a alta cúpula do clube havia desligado Leandro Freitas, então responsável pelo departamento de marketing e muito ligado ao vice-presidente de futebol Itair Machado, que está afastado de suas funções por ordem judicial. Outras mudanças na administração cruzeirense estão previstas para acontecer nos próximos dias. 
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