O Cruzeiro fez jogo parelho contra o River Plate na noite desta terça-feira, no Mineirão, pela partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores. No primeiro tempo, o atacante Pedro Rocha teve grande oportunidade para balançar a rede, porém chutou no travessão após passe de Thiago Neves. Na etapa complementar, não houve chances claras de gol, embora o time celeste tenha trocado passes em várias ocasiões em frente à área adversária. Com o empate por 0 a 0, o embate foi para os pênaltis. E o River levou a melhor, vencendo a disputa por 4 a 2. Armani defendeu as cobranças de Henrique e David, enquanto Montiel, De la Cruz, Martínez e Borré balançaram a rede para os argentinos. Depois do duelo, o técnico Mano Menezes fez um balanço a respeito da eliminação celeste em Belo Horizonte.
“Ser eliminado sempre é ruim, a derrota sempre é ruim. Mas há derrotas e derrotas.
No primeiro tempo, o Cruzeiro atuou com o meio-campo em linha, com Lucas Romero e Marquinhos Gabriel nas extremidades, e Henrique e Ariel Cabral centralizados. A escolha se deu por causa da impossibilidade de Robinho jogar por mais de meia hora. O camisa 19 entrou aos 15min do segundo tempo na vaga de Cabral e melhorou a troca de passes no ataque. Só que a Raposa não conseguiu transformar essa evolução ofensiva em chutes à meta do River.
“Tivemos dificuldades na escolha da formação ideal, porque Robinho tinha capacidade para atuar por 30 minutos. A escolha foi pela formação que terminou lá.
Tratado como dúvida às vésperas do duelo por causa de incômodo na panturrilha direita, Thiago Neves jogou os 90 minutos contra o River. Mano Menezes afirmou que manteve o camisa 10 em tempo integral porque confiava na capacidade dele em fazer gols decisivos, como ocorreu na campanha do bicampeonato consecutivo da Copa do Brasil, em 2017 e 2018.
“Já imaginava que iam aparecer os primeiros aproveitadores. É bem comum que apareçam nessa hora. Em momento algum o Cruzeiro deixou de acreditar na classificação. Lutamos até os 90 minutos para fazer o gol. O Thiago ficou porque é importante para fazer gol em qualquer lance, e não só para bater pênalti. Tanto que nem bateu”.
Questionado sobre o perfil de montar elencos para sofrerem poucos gols, o treinador ressaltou que profissionais anteriores com estilos diferentes não conseguiram ganhar a Copa Libertadores pelo Cruzeiro por se tratar de competição difícil de ser conquistada.
Questionado sobre o perfil de montar elencos para sofrerem poucos gols, o treinador ressaltou que profissionais anteriores com estilos diferentes não conseguiram ganhar a Copa Libertadores pelo Cruzeiro por se tratar de competição difícil de ser conquistada.
“A derrota pode ser dura e triste, mas não podemos enganar o torcedor. Não se trata de estilo. O Cruzeiro já jogou depois do bicampeonato de 1997 onze edições como essa. Passaram oito treinadores diferentes. E você, que é bem informado, deve saber quem são. Levir, Luxemburgo, Paulo Cesar Gusmão, Adilson Batista, Cuca, Marcelo Oliveira com o time bicampeão brasileiro e depois chegou em mim. Todos com estilo diferente de armar os times e ninguém conseguiu ganhar. Por que? Por que é difícil ganhar. Às vezes o Cruzeiro conseguia vantagem fora de casa e não conseguia ganhar. Ninguém pode dizer que o Cruzeiro não lutou até o fim para não fazer gol”.
Por fim, Mano reiterou a confiança em Thiago Neves. “Há limitações, mas se alguém deveria ficar em campo até o fim, por tudo que viveu, era o Thiago Neves. Ele não ficou para bater pênalti. Deixamos ele porque acreditamos que uma bola poderia ser decidida por ele. Ninguém pensava em pênalti naquele momento”.
Eliminado da Libertadores, o Cruzeiro agora se preocupa com o Campeonato Brasileiro, no qual ocupa o 16º lugar, com 10 pontos em 12 rodadas, e a Copa do Brasil, em que é semifinalista e terá pela frente o Internacional.
Pela Série A, o Cruzeiro fará clássico contra o Atlético no domingo, às 19h, no Independência. Já na Copa do Brasil, pegará o Internacional pelo duelo de ida na próxima quarta, 7 de agosto, às 21h30, no Mineirão.
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