“Quando o Athletico decidiu colocar a equipe titular e nós o time reserva, alguém achar que o Cruzeiro não teria dificuldades em jogar contra o Athletico é porque não está acompanhando futebol há bastante tempo. Athletico é um dos melhores times do país, está nas oitavas da Libertadores como nós e vem jogando um bom futebol. Teríamos total dificuldade com o time reserva, não tenha dúvidas. Chega a ser quase criminoso você ter que expor jogadores como eu tive de fazer, porque a tendência é recair a cobrança sobre esse ou aquele, às vezes sobre os mais experientes, aí vem a vaia. Isso chateia as pessoas, logicamente, e cada uma reage de um jeito. Estou aqui concedendo a entrevista porque sou responsável pela equipe e tenho de dar satisfação ao torcedor do Cruzeiro. Mas também não tenho vontade de vir aqui explicar uma derrota como essa, óbvio que não tenho. Mas faz parte da nossa passagem, nós escolhemos assim”.
Entre os titulares do Cruzeiro estavam os jovens Weverton (lateral-direito), Cacá (zagueiro), Éderson (volante) e Maurício (meia). No segundo tempo, Mano colocou o volante Jadsom Silva e o atacante Welinton. A decisão de recorrer aos pratas da casa se deve às baixas no elenco, que não conta, por exemplo, com o lateral-direito Edilson (lesão na panturrilha direita) e o armador Rodriguinho (lesão na região lombar). Além desses desfalques, os meias Thiago Neves e Robinho lidam com desgastes e têm atuado no sacrifício. Eles passarão por testes para saber se terão condições de enfrentar o River Plate, às 19h15 de terça-feira, no Mineirão, pelo confronto de volta das oitavas de final da Copa Libertadores. Na ida, os times empataram por 0 a 0, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
“Temos um elenco reduzido, que de vez em quando ouço que é a terceira maior folha do país. Acho que já foi, mas talvez não seja mais. Ter que colocar sete jogadores meninos, alguns deles estreando, como foram os casos de Welinton e Jadsom. Sabemos o risco disso. Contra um time qualificado, vamos sofrer como sofremos e expor como nos expomos. Mas a responsabilidade é de quem toma a decisão. Não vamos destruir esse ou aquele jogador. Saímos mais confiantes de futuro de jogadores depois do jogo de Salvador. Não vai ser hoje porque perdemos, na minha opinião dentro da normalidade, que vamos ficar destruindo jogadores. Até não gostaria de expor tanto os jogadores como fiz, mas viajamos, jogamos fora, a média de idade da equipe que jogou na Argentina é de 31 anos. Para esse jogo específico, concordo 100% que a decisão que eu tinha de tomar era essa”, observou o treinador, relembrando ainda as recentes saídas do zagueiro Murilo, do volante Lucas Silva e do atacante Raniel.
“A mim seria muito mais cômodo expor os jogadores ao desgaste. Para mim seria mais cômodo. Estou pensando no Cruzeiro, e não em mim. As decisões que estou tomando tem mais a ver com o clube do que com o treinador individualmente. Muito mais fácil. Eu colocaria lá, a gente ganharia o jogo de hoje, perderíamos dois ou três jogadores para o jogo de volta do River Plate, tiro do meu, e aí fica tudo bem. Não sei fazer assim, não sou assim. A responsabilidade tem a ver com as ambições do clube. Momentaneamente, temos de passar por isso. Perdemos muitos jogadores e temos jogadores importantes fora. Poderíamos ter Edilson, poderíamos ter Rodriguinho. Eles dariam mais qualidade à segunda equipe. Tivemos as saídas de Lucas Silva, Murilo, Raniel. Todos esses jogadores poderiam estar em campo em uma segunda equipe mais qualificada. Mas todos sabem que tivemos de fazer isso como clube. Passaremos pelas dificuldades que são inerentes às nossas. O bom cabrito não berra”.
Derrotado pelo Athletico-PR, o Cruzeiro chegou a entrar na zona de rebaixamento do Brasileiro, porém se manteve em 16º graças à vitória do São Paulo sobre o Fluminense, por 2 a 1, no Maracanã. O tricolor paulista marcou o segundo gol aos 52 minutos da etapa complementar, em pênalti assinalado com auxílio do VAR. Com dez pontos em 12 rodadas, a Raposa tentará reagir na Série A no clássico contra o Atlético, às 19h do próximo domingo (4 de agosto), no Independência. Novamente, Mano Menezes precisará administrar o elenco, já que na quarta-feira seguinte, dia 7 de agosto, haverá confronto de ida da semifinal da Copa do Brasil, diante do Internacional, no Mineirão.
. Derrotado pelo Athletico-PR, o Cruzeiro chegou a entrar na zona de rebaixamento do Brasileiro, porém se manteve em 16º graças à vitória do São Paulo sobre o Fluminense, por 2 a 1, no Maracanã. O tricolor paulista marcou o segundo gol aos 52 minutos da etapa complementar, em pênalti assinalado com auxílio do VAR. Com dez pontos em 12 rodadas, a Raposa tentará reagir na Série A no clássico contra o Atlético, às 19h do próximo domingo (4 de agosto), no Independência. Novamente, Mano Menezes precisará administrar o elenco, já que na quarta-feira seguinte, dia 7 de agosto, haverá confronto de ida da semifinal da Copa do Brasil, diante do Internacional, no Mineirão.