River Plate e Cruzeiro empataram por 0 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, nesta terça-feira, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. O resultado foi bastante comemorado pelos jogadores celestes, já que o time argentino dominou as estatísticas e ainda desperdiçou um pênalti no fim - Suárez bateu por cima do gol aos 52 minutos do segundo tempo.

O principal atributo no qual o River teve vantagem foi a posse de bola. Segundo o Footstats, o índice geral fechou em 60,46%. Também houve supremacia argentina em passes, com 493 acertos em 551 (89,47%), e finalizações: 21 a 5. Já o time de Mano Menezes completou 266 passes em 321 tentativas (82,87%).

No primeiro tempo, o Cruzeiro encontrou dificuldades para transpor o meio-campo em função da marcação adiantada do River Plate. A estratégia dos donos da casa ocasionou em sucessivos erros de passe dos mineiros: 35 em 159 (77,36% de aproveitamento). Somente o lateral-esquerdo Egídio falhou 11 vezes nesse fundamento.

No intervalo, Mano preencheu o meio-campo com Ariel Cabral no lugar de Robinho e, no decorrer do segundo tempo, colocou David na vaga de Thiago Neves. O River seguiu com volume superior, porém o Cruzeiro melhorou o toque de bola, acertando 143 de 162 passes (88,27%).

Graças a esse encaixe, a equipe celeste teve três boas oportunidades de contra-atacar, mas Pedro Rocha e David não concretizaram o acabamento da jogada. Houve ainda um gol anulado de Marquinhos Gabriel, cuja posição de impedimento foi atestada pelo VAR. Nesse lance, Lucas Romero deu bela assistência no "vazio" entre a dupla de zaga do River.

Nas chances efetivamente criadas, o River finalizou 21 vezes (seis certas e 15 erradas). Fábio fez duas boas defesas no primeiro tempo e uma no segundo. Ele ainda contou com a sorte no último lance, no qual o atacante Matías Suárez cobrou pênalti por cima do gol. Já o Cruzeiro contabilizou cinco conclusões, todas equivocadas.

Na parte defensiva, o zagueiro Dedé e o volante Henrique foram os destaques do Cruzeiro, com três desarmes cada. Mesmo número conseguiu Ignacio Fernández, volante do River. 

Dedé também foi soberano no quesito “rebatidas”, que consiste principalmente em bolas cortadas de cabeça ou com o pé. O camisa 26 interveio 12 vezes, o dobro do defensor argentino Martínez e do lateral-direito cruzeirense Orejuela.

Para o técnico Mano Menezes, o Cruzeiro precisa colocar em prática no jogo de volta, no Mineirão, os aspectos positivos apresentados no segundo tempo no Monumental.

“Se o Cruzeiro fizer o que fez no segundo tempo, estará mais próximo de encontrar os caminhos. O futebol é completo. Não podemos fazer só uma parte, sabemos disso. Quando fizemos só uma parte, no primeiro tempo, sofremos muito. Permitimos muitas infiltrações do nosso lado esquerdo. Ajustamos isso no segundo tempo, deu mais estabilidade”, disse o treinador, que espera um aproveitamento melhor dos contragolpes.

“Penso que a última parte do contra-ataque tem que melhorar. É a última tomada de decisão. Certamente temos que fazer com uma qualidade melhor. Sabíamos que tínhamos que defender mais nessa primeira parte. Fizemos bem essa primeira parte. Então vamos tentar fazer agora a segunda parte bem também”, acrescentou.

Com 0 a 0 no duelo de ida, o Cruzeiro precisa vencer o River na próxima terça-feira, às 19h15, no Mineirão, para avançar às quartas de final da Libertadores. O time classificado pegará o ganhador de Cerro Porteño x San Lorenzo.

Estatísticas de Cruzeiro x River Plate