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CRUZEIRO

No Monumental, Cruzeiro tem retrospecto equilibrado contra River e título de Recopa

Time celeste se sagrou campeão da Recopa Sul-Americana de 1998

Rafael Arruda

Se La Bombonera, casa do Boca Juniors, é conhecida por ter as arquibancadas muito próximas às linhas laterais e de fundo do campo, o Monumental de Núñez, estádio do River Plate, não é do estilo “caldeirão”.
Talvez esse aspecto seja favorável ao Cruzeiro, que conquistou em ocasiões anteriores bons resultados no local. O retrospecto aponta equilíbrio absoluto, com três vitórias e sete gols marcados para cada lado.

Dentro dos domínios do River, o clube celeste conquistou a Recopa Sul-Americana de 1998, que só foi disputada no segundo semestre de 1999 por causa de falta de datas no ano anterior. O curioso é que os confrontos também valeram pela fase de grupos da Copa Mercosul.

Por priorizar o Campeonato Argentino, o técnico Ramón Díaz escalou o River com reservas e acabou pagando caro pela escolha. O Cruzeiro ganhou com tranquilidade os dois jogos. No primeiro, em 3 de agosto, no Mineirão, Müller e Geovanni marcaram os gols celestes. No segundo, em 23 de setembro, no Monumental, o placar de 3 a 0 foi construído com Geovanni, Marcelo Ramos e Gustavo (veja vídeo no início da matéria).

O capitão do time campeão da Recopa era o zagueiro Marcelo Djian, hoje diretor de futebol do clube celeste. Quando os atletas estavam no gramado à espera do troféu, foram avisados por dirigentes da Conmebol de que a premiação seria entregue no vestiário.
Logo, não houve a tradicional volta olímpica no estádio do River.

Um ano antes, pelas quartas de final da Copa Mercosul de 1998, o Cruzeiro fez 2 a 1 sobre o River Plate, no Monumental de Núñez, em 28 de outubro. Nessa ocasião, o rival tinha força máxima em campo. O goleiro Burgos, o volante Astrada e o meia Gallardo representaram a Seleção Argentina na Copa do Mundo daquele ano, enquanto o zagueiro Sarabia e o atacante Pizzi haviam defendido, respectivamente, as equipes do Paraguai e da Espanha.

No segundo jogo, no Mineirão, o Cruzeiro tornou a bater o River, por 2 a 0. Nas semifinais, o time de Levir Culpi superou outro argentino, o San Lorenzo, porém perdeu na decisão da Mercosul de 1998 para o Palmeiras.

Por fim, em 2015, o Cruzeiro obteve sua terceira vitória em seis partidas no Monumental ao fazer 1 a 0, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores. O gol celeste foi anotado pelo meia Marquinhos, aos 36 minutos do segundo tempo. Na volta, porém, o River dominou as ações no Mineirão, ganhou por 3 a 0 e deu passo importante rumo ao título continental.

Com relação às derrotas, o Cruzeiro perdeu para o River três vezes no Monumental: 2 a 1 pela Copa Libertadores de 1976; 2 a 0 pela Supercopa 1991; e 2 a 0 pela Supercopa 1992. Na primeira disputa, a Raposa comemorou o título na série “melhor de três” (ganhou em Belo Horizonte, por 4 a 1, e em Santiago, por 3 a 2). Na segunda, ergueu a taça graças à vitória obtida no Mineirão (3 a 0). Já na terceira, celebrou o passaporte para as semifinais nas penalidades máximas (5 a 4).
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