Noite de sábado, 18 de maio. No Maracanã, o Cruzeiro encarava o Fluminense, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro (derrota por 4 a 1). Aos 13 minutos do segundo tempo, Orejuela sofreu trauma torcional no joelho esquerdo e precisou ser substituído. Marquinhos Gabriel entrou em seu lugar. Exames médicos diagnosticaram lesão no menisco medial. Com prazo de recuperação de oito semanas, o lateral-direito foi cortado da lista da Seleção Colombiana para a Copa América.

Orejuela não se abalou e cumpriu todas as recomendações de médicos e fisioterapeutas. Na segunda-feira, dia 8 de julho, foi liberado para a preparação física. Na sexta-feira, treinou com bola. Já no domingo, ficou como suplente no empate por 0 a 0 com o Botafogo, no Mineirão, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro.

No clássico contra o Atlético, na quarta-feira, pela Copa do Brasil, Orejuela também seria reserva. Entretanto, o veto de última hora a Ariel Cabral fez o técnico Mano Menezes escalar o lateral e colocar Lucas Romero no meio-campo. Edilson, habitual titular, segue em recuperação de lesão na panturrilha direita.

A estratégia deu certo, pois o colombiano teve boa atuação, especialmente na parte defensiva, e ajudou o Cruzeiro a sustentar a pressão do rival. Derrotado no Independência por 2 a 0, o time celeste avançou às semifinais por ter vencido a partida de ida por 3 a 0, no Mineirão.

“Foi a primeira partida depois da lesão. E fiz um excelente jogo. Pouco a pouco, vou ganhando a confiança e fazendo o que o técnico vem me pedindo”, comemorou Orejuela, destacando ainda o trabalho da equipe médica em prol de seu retorno aos gramados. “Me ajudou muito a crescer a parte física. Agora se vê o resultado”.

Neste sábado, às 17h, o Cruzeiro enfrentará o Bahia, na Arena Fonte Nova, em Salvador, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Orejuela não estará em campo, já que Mano Menezes indicou que apostará num time formado por reservas. O lateral será preservado visando ao duelo contra o River Plate, terça-feira, às 19h15, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores.

Será a primeira vez de Orejuela no Monumental. Pelo Deportivo Cali, ele já jogou na Bombonera, casa do Boca Juniors, maior adversário do River. E as lembranças não são boas: derrota por 6 a 2, em 20 de abril de 2016, pela fase de grupos da Libertadores. Há de se ressaltar que o lateral foi substituído aos 32 minutos do primeiro tempo, quando os argentinos venciam por 1 a 0.

“Enfrentar argentinos é difícil, eles têm muita garra. Tive uma oportunidade de jogar uma vez pela Libertadores contra o Boca, creio que vai ser o mesmo no Monumental. É um sonho para mim, sempre quis jogar uma partida desta categoria e Deus queira que tenha uma oportunidade de estar lá”, relembrou o atleta.

Seleção Colombiana

O bom início pelo Cruzeiro rendeu a Orejuela uma convocação à Seleção da Colômbia. Apesar da derrota por 2 a 1 para a Coreia do Sul, em 26 de março, o cruzeirense se comportou bem, levando a melhor nos duelos contra Son Heung-min, atacante do Tottenham da Inglaterra. Foram pelo menos três desarmes no camisa 7 sul-coreano, autor de 20 gols em 48 partidas na temporada 2018/2019 e ídolo da torcida dos Spurs.

Continuar em alta no clube celeste será fundamental para o jovem de 23 anos ser novamente lembrado pelo técnico português Carlos Queiroz. O jogador ressaltou o sonho de participar da Copa América de 2020, sediada em seu país e também na Argentina, e da Copa do Mundo de 2022, no Catar.

“Para mim foi muito duro não jogar a Copa América. Era um sonho para mim, mas não se acaba aqui. Creio que fazendo meu trabalho posso jogar uma Copa América ou até mesmo um Mundial”, encerrou Orejuela, que tem 50% dos direitos econômicos estipulados em contrato por 1,5 milhão de euros (R$ 6,2 milhões). O colombiano está emprestado ao Cruzeiro pelo Ajax, da Holanda, até dezembro de 2019.