Em 18 de junho, Murilo foi adquirido pelo Lokomotiv Moscou, da Rússia, por 2,5 milhões de euros (R$ 10,9 milhões). Como detinha 75% dos direitos econômicos do defensor, o Cruzeiro tem direito a 1,875 milhão de euros, quantia equivalente a R$ 8,1 milhões.
Já Raniel, que deve ser anunciado pelo São Paulo nesta sexta-feira, renderá aos cofres cruzeirenses 3 milhões de euros (R$ 12,9 milhões). O tricolor paulista contará com a ajuda de um investidor para quitar o valor à vista.
Segundo as notas explicativas do balanço patrimonial do exercício de 2018, o Cruzeiro era dono de 65% dos direitos econômicos de Raniel. Contudo, uma fonte ligada à negociação informou à reportagem que o clube possuía, na verdade, 50%.
Juntos, os valores por Murilo e Raniel chegaram a R$ 21 milhões. O clube também recebeu a segunda parcela da venda de Arrascaeta ao Flamengo, de 3 milhões de euros (R$ 12,9 milhões). Portanto, o faturamento com transferências gira em torno de R$ 34 milhões.
Murilo foi vendido pelo Cruzeiro ao Lokomotiv Moscou por 2,5 milhões de euros - Foto: Divulgação/Lokomotiv Moscou
Este mês, o Cruzeiro terá duelos importantes em mata-matas. Na Copa do Brasil, pelas quartas de final, enfrentará o Atlético nos dias 11, no Mineirão, e 17, no Independência. Na Copa Libertadores, pegará o River Plate-ARG nos dias 23 e 30, no Monumental de Núñez e no Mineirão, respectivamente.
Em caso de ida às quartas de final da Libertadores, o Cruzeiro terá bônus de US$ 1,2 milhão (R$ 4,5 milhões). Se bater o Atlético pela Copa do Brasil, assegurará R$ 6,7 milhões nas semifinais. Assim, avançar nos dois torneios simultaneamente proporcionará à Raposa R$ 11,2 milhões em premiação.
Outra possibilidade de retorno é com bilheteria nos jogos diante de Atlético e River Plate. Para o clássico, mais de 40 mil ingressos foram comercializados até essa quinta-feira. A expectativa é que a arrecadação bruta em cada uma das duas partidas supere R$ 2 milhões.
Todas as receitas serão essenciais para o Cruzeiro tentar colocar as contas em dia. A folha salarial de maio, que deveria ter sido quitada em 7 de junho (5º dia útil), sofreu atrasos. A informação mais recente é de que a direção pagou até R$ 6 mil a funcionários e 40% dos vencimentos dos jogadores.
O Cruzeiro também lida com investigações da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais. São apuradas suspeitas de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica, além de possíveis quebras de regra da Fifa, da Confederação Brasileira de Futebol e do Governo Federal por parte de dirigentes do clube.
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