Presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Zezé Perrella divulgou ofício, na noite desta terça-feira, remarcando a data da eleição para o Conselho Fiscal do clube. O pleito estava agendado para esta quinta-feira (13), mas só acontecerá, na verdade, em 1º de julho (segunda-feira). O novo adiamento, segundo o mandatário, se dá em função de “transgressão do artigo 22”, que determina convocação da Assembleia Geral com antecedência de 15 dias. O período não teria sido cumprido.
“Em razão da transgressão ao disposto no artigo 23, que determina que as chapas devam ser registradas até 10 dias antes das eleições (…) não tendo sido oportunizado tal prazo”, diz o ofício. “Bem como em razão do caráter cogente do Estatuto, o que impede a transgência, ainda que a anuência das chapas concorrentes inscritas, para fins de segurança jurídica e arguições de nulidades futuras por qualquer chapa concorrente ou por qualquer conselheiro”, complementa o documento assinado por Perrella.
O edital de convocação para as eleições do Conselho Fiscal deverá ser publicado até o próximo dia 13 em jornal de grande circulação de Minas Gerais. Além das chapas 'Força Azul' e 'Transparência', já inscritas (leia mais abaixo), os conselheiros interessados em participar do pleito poderão se inscrever até 21 de junho.
Chapas
A chapa Transparência será composta pelos efetivos Aristóteles Lorêdo (Tote), Giovanni Baroni e Robert de Freitas, e os suplentes Carlos Ferreira Rocha, Ricardo Moreira de Souza e Robson Lucas da Silva.
Já a chapa “Força Azul” contará com os efetivos Nagib Geraldo Simões, Paulo César Pedrosa e Wander Gonçalves Santos, além dos suplentes Tarcísio Dionísio Vítor, João Luiz Silva e Afrânio Greco.
Renúncias
A reestruturação do Conselho Fiscal do Cruzeiro se deve à renúncia de todos os membros efetivos e suplentes em maio, sob a alegação de falta de transparência na gestão do presidente do clube, Wagner Pires de Sá.
Em 8 de maio, os efetivos Celso Luiz Chimbida, Geraldo Luiz Brinat e Ubirajara Pires Glória apresentaram pedido formal de desligamento em função da limitação de dados fiscais repassados pela diretoria administrativa do Cruzeiro. Uma normativa criada pela atual gestão criou impedimentos para que o Conselho Fiscal recebesse, por exemplo, informações sobre salários de dirigentes, jogadores e comissões.
Já em 28 de maio, os suplentes Valter Batista e Daniel Faria, que assumiriam como efetivos após as renúncias de Celso Luiz Chimbida, Geraldo Luiz Brinat e Ubirajara Pires Glória, também oficializaram suas saídas em carta encaminhada ao Conselho Deliberativo.
O grupo vencedor da eleição do Conselho Fiscal terá a missão de analisar as contas da atual administração do Cruzeiro, suspeita de cometer crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica. O inquérito ainda apura supostas quebra de regras da Fifa, da CBF e do Governo Federal.
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