O mandatário celeste convocou aproximadamente 250 conselheiros. Dentre esses, cerca de 100 atenderam ao chamado. Lá, ouviram explicações do presidente sobre as denúncias de irregularidades na gestão do Cruzeiro e pedidos de apoio à atual gestão. Após a publicação da reportagem, a diretoria do Cruzeiro garantiu, por meio da assessoria de imprensa, que mais de 200 conselheiros compareceram ao evento.
Na manhã de quarta, outro grupo, formado de 111 de conselheiros, divulgou um manifesto pregando transparência no clube. Os associados que assinaram o documento ressaltaram que não formam um grupo político, mas um conjunto de “pessoas preocupadas com as diversas notícias ruins que são publicadas sobre o clube e com a atual situação financeira”, diz um trecho da carta, que detalha os problemas vividos pelo Cruzeiro. Entre os signatários do manifesto pela transparência estão o ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares (ex-presidente), Biagio Peluso (ex-vice-presidente), José Ramos (ex-presidente do Conselho Deliberativo), Sérgio Santos Rodrigues (ex-candidato à presidência) e integrantes do Conselho Fiscal que pediram renúncia neste mês, como Celso Luiz Chimbida e Geraldo Luiz Brinati.
A crise
O Cruzeiro viu sua crise política se intensificar depois de reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, na noite deste domingo. A matéria revelou que a Polícia Civil investiga a diretoria do clube por indícios de pagamentos suspeitos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O inquérito apura, além da suposta prática de crimes, denúncias que indicam quebra de regras da Fifa, da CBF. A reportagem investigativa foi assinada pela repórter Gabriela Moreira e pelo repórter Rodrigo Capelo.
Um dos objetos de investigação é um empréstimo de R$2 milhões contraído pelo Cruzeiro com o empresário Cristiano Richard dos Santos Machado. Como forma de pagamento do débito, o clube, segundo inquérito da Polícia Civil, incluiu parte dos direitos de vários jogadores do profissional e da base celeste.
O Cruzeiro também é questionado por pagar salários entre R$13 mil e R$40 mil a conselheiros que trabalham no clube. De acordo com o Estatuto celeste, a remuneração de membros do Conselho é proibida. Além disso, chamou a atenção os valores dos salários pagos ao vice-presidente de futebol, Itair Machado (R$180 mil), e ao diretor-geral, Sérgio Nonato (R$125 mil).
A relação do clube com algumas torcidas organizadas também virou tema de questionamentos. A Máfia Azul recebeu R$ 88 mil da gestão do presidente Wagner Pires de Sá no decorrer de 2018.
As denúncias repercutiram de forma massiva na noite do último domingo, data da veiculação da reportagem no Fantástico. No Twitter, o nome do clube chegou a figurar nos trends como o segundo termo mais comentado do Brasil e o quinto com maior volume de citações em todo o mundo. Torcedores do Cruzeiro e de clubes rivais usaram a hashtag 'Mensalão cabuloso', ironizando o apelido de 'Cruzeirão Cabuloso' criada pela torcida celeste e adotada pelo próprio clube em inúmeras ações de marketing nas redes sociais. Na reportagem, as investigações dos repórteres apontaram que conselheiros do Cruzeiro recebem salário e têm contratos com o clube. Além disso, a administração do presidente Wagner Pires de Sá teria proporcionado inúmeros benefícios a esses associados.
. As denúncias repercutiram de forma massiva na noite do último domingo, data da veiculação da reportagem no Fantástico. No Twitter, o nome do clube chegou a figurar nos trends como o segundo termo mais comentado do Brasil e o quinto com maior volume de citações em todo o mundo. Torcedores do Cruzeiro e de clubes rivais usaram a hashtag 'Mensalão cabuloso', ironizando o apelido de 'Cruzeirão Cabuloso' criada pela torcida celeste e adotada pelo próprio clube em inúmeras ações de marketing nas redes sociais. Na reportagem, as investigações dos repórteres apontaram que conselheiros do Cruzeiro recebem salário e têm contratos com o clube. Além disso, a administração do presidente Wagner Pires de Sá teria proporcionado inúmeros benefícios a esses associados.