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'Inadmissível', 'lamentável', 'momento triste': ídolos comentam investigação envolvendo gestão do Cruzeiro

Ex-jogadores se posicionaram sobre a investigação da Polícia Civil de possíveis irregularidades envolvendo a atual diretoria

postado em 27/05/2019 13:35 / atualizado em 31/05/2019 21:00

Ídolos do Cruzeiro se posicionaram, em entrevista ao Superesportes, sobre a investigação que a Polícia Civil conduz sobre possíveis irregularidades envolvendo a atual diretoria do Cruzeiro. A gestão de Wagner Pires de Sá está sob suspeita de pagamentos irregulares, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro (clique aqui e entenda). 'Lamentável', 'inadmissível' e 'momento triste' foram alguns dos termos usados pelos ex-jogadores na tentativa de explicar o sentimento diante dessa notícia. Confira o que disseram ícones da história celeste:

Alex, campeão da Tríplice Coroa

<i>(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
)</i>


“Meu sentimento é de tristeza, apesar de o clube ser maior do que isso. É obvio que o nome do clube está por trás, porque são os representantes legais do clube, mas as investigações não são sobre o clube, mas sobre as pessoas que dirigem o Cruzeiro. Por ter esse envolvimento com o nome do clube, me deixa triste. Que as investigações sigam, que a polícia siga com as investigações. E se for comprovado, que siga a normalidade da lei. Caso se comprovem a culpa ou irregularidade, que siga aquilo que diz a lei, porque o mais importante é esta limpeza. E o clube, que é representado por milhões de pessoas, passa impune, porque o clube é do torcedor. Mas o sentimento é de tristeza” 

Procópio, campeão do Campeonato Brasileiro de 1966

<i>(Foto: Arquivo / Estado de Minas)</i>


“Torço para que não seja verdade. Mas, se for verdade, é uma tristeza muito grande que a gente sente, pelo menos no meu caso. A gente suou muito, lutou muito, sofreu muito, sofri uma contusão que passei cinco anos fora. Se for verdade, é uma coisa lamentável. É um caso seríssimo, não só por parte da polícia, mas o Conselho do Cruzeiro tem que tomar uma atitude, porque este nome é uma bandeira insuperável, representa não só o Brasil, como a Itália também. Eu, sinceramente, fiquei estarrecido e torço para que seja apenas uma suspeita. Mas uma atitude tem que ser tomada o quanto antes. Isso é como um incêndio que toma conta de uma casa, você tem que apagar logo. E não é apagar com panos quentes, mas descobrindo o que aconteceu, doa a quem doer.”

Toninho Almeida
, tetracampeão mineiro 1972, 1973, 1974 e 1975

<i>(Foto: Arquivo / Estado de Minas)</i>


“Desde a minha época, o Cruzeiro sempre tinha um time bom fora de campo, diretor de futebol e presidente. Não sei a situação do Cruzeiro hoje, mas estou muito chateado. Vim para o Cruzeiro em 1967 e me formei como homem e atleta, ganhei o Belfort Duarte* porque o fair play da minha vida vem de fora de campo. Inadmissível o Cruzeiro ser exposto dessa forma. Não vou julgar, mas sou um ex-atleta do clube e isso me magoou, me machucou muito. Saí de Teófilo Otoni com 16 anos para ser formado no Cruzeiro, e isso me entristece muito. Agora, tem que reunir o Conselho e ver quem cometeu o erro. Tomara que tudo ocorra bem, porque a instituição Cruzeiro tem que ser preservada.”


* Prêmio concedido ao jogador com carreira de no mínimo 10 anos sem sofrer expulsões


Nonato, 12 títulos oficiais com a camisa do Cruzeiro

<i>(Foto: Arquivo / Estado de Minas)</i>


“A gente fica chateado com isso tudo. Joguei durante oito anos, sempre sou bem recebido, sempre sou festejado pela torcida. A gente fica bem triste com o nome do Cruzeiro no meio disso tudo. Agora, a diretoria tem que vir a público se manifestar com documentos, não com palavras.”

Natal, campeão do Campeonato Brasileiro de 1966

<i>(Foto: Arquivo / Estado de Minas)</i>


“Vou ser muito franco: o Cruzeiro, o clube em si, o Cruzeiro Esporte Clube, não tem culpa de nada disso. Sou ex-jogador do clube, lutei pelo clube, elevei o nome do Cruzeiro com uma geração de ouro, com Evaldo, Roberto Batata, Tostão, Palhinha, Nilton Oliveira, Raul, Piazza, Dirceu Lopes e muitos outros. Sou um ídolo do clube. Hoje, eu sai na rua e o pessoal ficou me perguntando dessa situação. O Cruzeiro merece mais respeito. Agora, é hora de resolver a situação. Não estou acusando A nem B. Mas isso tem que ser resolvido.”

Palhinha, campeão da Libertadores de 1976

<i>(Foto: Arquivo / Estado de Minas)</i>


“Momento triste, tem que realmente analisar porque no futebol tem muita coisa a favor e contra, principalmente na diretoria. Tudo tem que ser analisado com muita calma. O sentimento é de tristeza porque o Cruzeiro sempre foi uma fortaleza. Agora, a gente não participa do dia a dia, então é difícil falar do que acontece lá.”

Evaldo, campeão brasileiro de 1966

<i>(Foto: Arquivo / Estado de Minas)</i>


“No futebol, você pode esperar de tudo. Eu, sinceramente, não posso opinar. Se o país está desse jeito, se a política está como a gente vê, imagina o futebol?! Eles agora têm que responder.”

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