A comercialização dos direitos econômicos da criança não poderia ter acontecido. Inicialmente, porque a Fifa determinou, em 2015, que apenas clubes e jogadores podem ter partes de direitos econômicos. Depois, porque revelações só podem assinar contratos profissionais com os clubes a partir dos 16 anos. Até lá, só existe o contrato de formação, em que não existem direitos federativos ou econômicos.
Além de Estevão, o clube repassou ao empresário percentuais de Alejandro (20%), Marco Antônio (20%), Cacá (20%), Julio Cesar Pereira (20%), Vitinho (20%), Gabriel Brazão (20%), David (20%), Raniel (5%) e Murilo (7%). Os três últimos, inclusive, já estão no time profissional do Cruzeiro e são acionados com certa frequência pelo técnico Mano Menezes nos jogos do clube.
Em nota enviada à Globo, o Cruzeiro admitiu que firmou contrato com Cristiano Richard, mas negou que o vínculo seja de “intermediação desportiva”. De acordo com o comunicado, o clube contraiu o empréstimo para quitar “impostos, encargos financeiros e outros compromissos” de forma emergencial.
A reportagem exibida pelo Fantástico na noite deste domingo ainda revelou que a Polícia Civil investiga a diretoria do Cruzeiro por indícios de falsificações de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O inquérito apura denúncias que indicam quebra de regras da Fifa, da CBF e do Governo Federal. A reportagem investigativa da TV Globo foi assinada pela repórter Gabriela Moreira e pelo repórter Rodrigo Capello.
Leia mais: Veja tudo o que sabemos (e noticiamos) sobre as denúncias contra a diretoria do Cruzeiro
. Leia mais: Veja tudo o que sabemos (e noticiamos) sobre as denúncias contra a diretoria do Cruzeiro