Vítor jogou nos times de base do América desde os 10 anos. Ao completar 14 - idade mínima permitida para a assinatura de contrato -, ele não se reapresentou ao clube em 4 de fevereiro. No fim daquele mês, o então diretor de futebol de base do Coelho, Paulo Bracks, foi informado de que o atleta estava integrado ao sub-14 do Cruzeiro.
No ano passado, o garoto foi o artilheiro do Campeonato Mineiro sub-14, com oito gols. O América perdeu a final para o Atlético e ficou com o vice-campeonato.
“O fato é que o Cruzeiro roubou um jogador da base do América”, disse Paulo Bracks, em 23 de março, em entrevista ao Superesportes.
Por conta da ida de Vitor Roque para a Toca, o América denunciou o rival ao Ministério Público do Trabalho no começo de abril. Paralelamente, o clube contou com o apoio do Movimento de Formação do Futebol de Base (MFFB), formado por coordenadores de bases de clubes do futebol brasileiro. O grupo entendeu que não houve ética por parte do Cruzeiro na condução da negociação com o jovem atacante.
Em 17 de abril, já como primeira consequência do suposto aliciamento, o Cruzeiro foi desconvidado da Nike Premier Cup, torneio da categoria sub-15.
O impasse entre os clubes colocou em xeque até mesmo a realização da Taça BH de Futebol Júnior, marcada para 15 a 31 de julho. Organizadora do torneio de base, a Federação Mineira de Futebol (FMF) admitiu que, diante do boicote de vários clubes ao Cruzeiro, preferia cancelar a edição de 2019.
Agora, diante do acordo entre Cruzeiro e América, tudo indica que a Taça BH será realizada.
No fim de abril, Vitor Roque conquistou com o Cruzeiro o título do torneio Condion Cup, na China. O ataque foi um dos destaques ao marcar quatro gols.
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