O atacante Fred recebeu das mãos do presidente Wagner Pires de Sá placa pelos 100 jogos completados com a camisa do Cruzeiro. A marca foi alcançada na goleada sobre o Huracán por 4 a 0, dia 10 de abril, no Mineirão, pela quarta rodada do Grupo B da Copa Libertadores. Na ocasião, o camisa 9 marcou três gols. “Ele nos deu muitas coisas boas. O Cruzeiro é agradecido a ele. Ele é o maior artilheiro do Cruzeiro no século 21. Quando completou 100 jogos, fez três gols. É uma pessoa maravilhosa. Com muito prazer, entrego essa placa em homenagem aos 100 jogos”, afirmou o dirigente, ao condecorar o artilheiro nesta quinta-feira.

Fred, por sua vez, lembrou-se de sua primeira passagem pelo Cruzeiro, de 2004 a 2005, quando marcou 56 gols no intervalo de um ano e ganhou projeção internacional ao ser vendido para o Lyon, da França, por 14,9 milhões de euros (R$ 44 milhões). Além de demonstrar um sentimento de gratidão ao clube, o veterano de 35 anos prometeu guardar a placa com muito carinho para, futuramente, mostrar ao filho pequeno, João Pedro.

“Toda vez que falo do Cruzeiro, falo de muita gratidão. Tenho uma dívida eterna com esse clube, porque foi o Cruzeiro quem me lançou para o futebol internacional. Foi aqui que tive esse destaque maior quando saí do América. Desde que coloquei a camisa do Cruzeiro na primeira passagem, sempre fiz muitos gols, me senti mais leve e mais feliz. Atingir uma marca expressiva como essa num grande clube como o Cruzeiro tem um peso. Vestir essa camisa, com torcedores apaixonados, para mim é motivo de honra. Eu que estou cheio de criança pequena, tenho o moleque lá, o João Pedro, não vejo a hora de ele crescer logo para mostrar essa placa. Sei que vai ficar muita saudade, então esse tipo de homenagem serve para alimentar a nossa mente, a nossa alma e compartilhar com as pessoas que estão próximas”.

Com 16 gols em 19 jogos em 2019, Fred acredita que tem condições de ao menos se aproximar dos números alcançados em 2005, o melhor ano de sua carreira: 48 gols em 64 partidas (Cruzeiro, Lyon e Seleção Brasileira). Sem especificar uma meta, o atacante espera que os recordes pessoais colaborem coletivamente ao time, além de aumentar as estatísticas em 2020.

“Teve um ano, em 2010 ou 2009, não sei, falei que tinha uma meta de gols. Acabou que as coisas não deram muito certo. Foi o único ano que fiquei abaixo da média. Sempre fiz mais de 25 a 30 gols por ano. Este ano começou muito forte, muito bom, depois de um ano anterior de dificuldade por causa da lesão no joelho. Então assim, o ano está promissor pessoalmente falando. E está muito mais promissor coletivamente. Estamos com mais vitórias, com o time mais encorpado, com a cara do Cruzeiro, do jeito que o Mano gosta. Acho que vou passar próximo ao meu melhor ano da carreira. Não sei exatamente quantos gols foram. Mas, que seja assim. E que no ano que vem seja melhor que este ano”.