Especialmente na derrota para o Flamengo por 3 a 1, sábado, no Maracanã, Rodriguinho não encontrou espaços para criar situações de perigo. Bem marcado pelos volantes Willian Arão e Gustavo Cuéllar, o camisa 23 foi o titular que menos pegou na bola, com apenas 2,06% de posse em 62 minutos, e o que mais sofreu desarmes, em cinco ocasiões.
Rodriguinho também ficou “sumido” no toque de bola, sendo responsável por apenas 16 dos 339 passes do Cruzeiro (4,7%). Como comparação, o meia Marquinhos Gabriel liderou esse índice na equipe, com 36 acertos. No Flamengo, os recordistas foram, respectivamente, Willian Arão, 62; e Everton Ribeiro, 61.
Nas finais do Campeonato Mineiro, contra o Atlético, Rodriguinho já havia enfrentado dificuldades contra a forte marcação adversária. No primeiro jogo, vencido pelo Cruzeiro por 2 a 1, no Mineirão, Mano Menezes trocou o meia por Pedro Rocha, aos 23min do segundo tempo. Na partida de volta, no Independência, Lucas Silva entrou na equipe pouco depois de Fred marcar o gol de pênalti e assegurar o empate por 1 a 1.
Antes da sequência apagada, Rodriguinho estava em alta no Cruzeiro, funcionando muitas vezes como segundo atacante e se aproveitando dos espaços abertos por Fred para entrar na grande área e finalizar. O meio-campista foi decisivo ao fazer gols nas vitórias sobre Huracán (1 a 0, na Argentina), Deportivo Lara (2 a 0, no Mineirão) e Emelec (1 a 0, no Equador), pelo Grupo B da Copa Libertadores.
Em matéria publicada no dia 5 de abril, o Superesportes destacou que Rodriguinho tinha média de gols digna de um atacante de área e havia anotado seis dos sete gols chutando com o pé esquerdo (o jogador é destro). Agora, são cinco partidas sem balançar a rede.
No último sábado, depois do revés para o Flamengo, Mano Menezes foi questionado por um repórter da imprensa do Rio de Janeiro sobre a atuação de Rodriguinho. Ele preferiu não analisar o momento indivudual de seu comandado, mas sim o grupo como um todo.
“A gente não fala de atleta individualmente. O Cruzeiro é uma equipe e ganha como equipe. Quem fala individualmente são vocês comentaristas que analisam o jogo. O técnico procura analisar o jogo como um todo. Eu acho que a gente, na medida em que não conseguimos transitar de defesa para o ataque com mais qualidade, sempre os jogadores de meio-campo que são os responsáveis por receber uma bola e construir jogadas vão sofrer um pouco mais. Está dentro do contexto”.
Caso seja escalado por Mano Menezes nesta quarta, Rodriguinho enfrentará o Ceará pela quinta vez na carreira. Nas quatro ocasiões anteriores, todas pelo América, o armador marcou dois gols.
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