Enquanto a receita líquida foi de R$ 373.508.994, os custos diretos e as despesas operacionais chegaram a R$ 400.745.788.
Já são sete exercícios seguidos de déficit. O último ano com fechamento das contas no azul foi 2011, com lucro de R$ 13,1 milhões. Na sequência, o Cruzeiro acumulou números negativos em 2012 (R$ 30,9 milhões), 2013 (R$ 22,8 milhões), 2014 (R$ 38,6 milhões), 2015 (R$ 25.7 milhões), 2016 (R$ 29,3 milhões) e 2017 (R$ 16,8 milhões).
A dívida total do clube era de R$ 557.477.179 em 2017 e fechou 2018 em R$ 575.625.942.
A dívida total do clube era de R$ 557.477.179 em 2017 e fechou 2018 em R$ 575.625.942.
No dia 25, a diretoria executiva do Cruzeiro mostrará aos conselheiros o que tem realizado para tentar reverter o quadro financeiro negativo do clube. Entre os argumentos, estão a elaboração de um planejamento financeiro de curto e longo prazo, a busca pelo empréstimo de R$ 300 milhões, a alteração no programa de sócio para tentar melhorar a arrecadação, medidas para redução de folha de pagamento, além de presença nas negociações de direitos internacionais, publicidade estática, games e apostas.
O déficit em 2018 tem relação direta com aumento dos custos diretos com futebol. Segundo o demonstrativo, o gasto com atividade desportiva profissional saltou de R$ 244.675.110, em 2017, para R$ 324.187.736, em 2018. Um crescimento de R$ 79,5 milhões.
Dentro dos valores citados acima, chama a atenção o gasto com pessoal em 2018, responsável por R$ 226.147.314. Em 2017, o montante destinado foi de R$ 174.313.186,00. O custo subiu R$ 51.834.128,00.
Os gastos gerais e administrativos aumentaram R$ 12.165.676,00: saíram de R$ 27.337.545,00 em 2017 e foram para R$ 39.503.221 em 2018.
O custo do Cruzeiro com área social e esportes amadores também teve aumento relevante de R$ 6,8 milhões. Saltou de R$ 14.476.468,00, em 2017, para R$ 21.372.250, em 2018.
Receitas com maior crescimento
As receitas do Cruzeiro com atividades desportivas profissionais foram de R$ 363.247.150,00 em 2018, contra R$ 283.382.276,00 de 2017. O aumento de R$ 79,8 milhões.
TV
O faturamento mais relevante do Cruzeiro foi oriundo dos direitos de transmissão e publicidade. O Cruzeiro embolsou R$ 190.748.083,00 em 2018, com destaque para R$ 95.587.007 de receitas vindas do Campeonato Brasileiro e R$ 64.085.711,00 da Copa do Brasil (incluindo a premiação pelo título de R$ 52.133.798,00).
Em cotas de transmissão e publicidade, a Copa Libertadores rendeu R$ 12.895.846,00 em 2018, contra R$ 12.302.526,00 do Campeonato Mineiro.
Em 2017, o faturamento com publicidade e direitos de TV havia sido de R$ 177.104.584,00. O aumento dessa receita no ano passado foi de R$ 13.643.499,00.
Vendas e empréstimos
No ano passado, o clube faturou com vendas de direitos econômicos de atletas e cessões temporárias R$ 90.384.013,00. Embora a transferência de Arrascaeta para o Flamengo tenha sido fechada em janeiro de 2019, o valor da operação entrou no balanço. Uma nota explicativa do demonstrativo informa que “as negociações começaram no final do exercício 2018, portanto, a administração entendeu que o negócio deve ser caracterizado como operação ocorrida no final de 2018”.
Em 2017, o valor obtido pelo Cruzeiro com transferências de jogadores havia sido de R$ 35.134.232,00.
Patrocínio
Os acordos de patrocínios e royalties alcançaram R$ 32.533.368,00 em 2018, superando 2017, quando os números chegaram a R$ 26.370.649,00. O aumento entre uma temporada e outra foi de R$ 6.162.719,00.
Sócio 5 Estrelas
O faturamento do clube com o programa Sócio 5 Estrelas chegou a R$ 23.101.965,00. Em 2017, foram arrecadados R$ 22.368.338,00.
Bilheteria e premiação
Outro crescimento considerável foi em relação à bilheteria. Em 2018, a arrecadação foi de R$ 23.941.388,00, contra R$ 16.476.951,00 do ano anterior.
Social e esportes amadores
Apesar do crescimento de receitas nos itens acima, o clube teve perda de R$ 5,7 milhões no departamento social e de esportes amadores. Enquanto embolsou R$ 25.111.132,00 em 2017, no ano passado o faturamento foi de R$ 19.318.386,00.
.