- Foto: Vinnicius Silva e Bruno Haddad/CruzeiroNo terceiro ano consecutivo sob o comando de Mano Menezes, o Cruzeiro conseguiu resolver os problemas de reposição das duas laterais. O destro Orejuela e o canhoto Dodô têm correspondido às expectativas quando a comissão técnica decide dar descanso a Edilson e Egídio. Na vitória de quarta-feira sobre o Huracán, por 4 a 0, pela quarta rodada do Grupo B da Copa Libertadores, os jogadores tiveram boas atuações no Mineirão.

Dodô participou do terceiro gol do Cruzeiro ao dar o cruzamento para Fred marcar de cabeça, aos 31 minutos do primeiro tempo. Na etapa complementar, aos 37min, o camisa 18 fez jogada individual e bateu com o pé direito no ângulo esquerdo da meta do goleiro Antony Silva. Por sua vez, Orejuela terminou a partida com o maior índice de posse de bola, com 7,27%, e foi o recordista em passes, com 51 acertos. Os números são do Footstats.

Emprestado pelo Ajax-HOL até dezembro, Orejuela se mostrou um lateral de ótimo condicionamento físico e com intensidade para atacar e defender. O bom início no Cruzeiro lhe rendeu uma convocação à Seleção Colombiana. O jogador de 23 anos representou Los Cafeteros no amistoso contra a Coreia do Sul, em 26 de março, em Seul. Apesar do revés por 2 a 1, Orejuela cumpriu bem as obrigações defensivas, principalmente quando precisou marcar o atacante Son Heung-min, um dos principais nomes do elenco do Tottenham, da Inglaterra. Caso a diretoria celeste queira adquirir 50% dos direitos econômicos do camisa 28, terá de pagar aos holandeses 1,5 milhão de euros (R$ 6,58 milhões).

Se o gringo era desconhecido de grande parte dos cruzeirenses, Dodô já era sonho de consumo antigo. Com passagem pelas categorias de base da Raposa entre 2003 e 2007, o lateral-esquerdo adquiriu grande experiência ao ficar por cinco temporadas no futebol italiano (2012 a 2017), vestindo as camisas de Roma, Inter de Milão e Sampdoria. Em 2018, Dodô jogou 50 partidas pelo Santos, que acabou não exercendo a compra de seus direitos econômicos. O Cruzeiro, então, acertou com a Sampdoria o pagamento de 200 mil euros (R$ 850 mil) pelo empréstimo de um ano. Em dezembro, a diretoria vai desembolsar mais 300 mil euros (R$ 1,3 milhão) por 90% do passe do atleta de 27 anos.

Sob o comando de Mano Menezes de 2016 a 2018, o Cruzeiro precisou recorrer várias vezes ao volante Lucas Romero para jogar na lateral direita, uma vez que os atletas da função estavam em mau momento técnico. O argentino atuou até mesmo na ala esquerda, no segundo duelo da final da Copa do Brasil de 2018, contra o Corinthians, em São Paulo. A vitória por 2 a 1 garantiu à Raposa o hexacampeonato da competição. Com as presenças de Orejuela e Dodô no grupo de 2019, o técnico acredita que não terá mais a necessidade de improvisar para suprir eventuais ausências de Edilson e Egídio.

“É difícil encontrar nos últimos anos novos laterais no futebol brasileiro. Não está tão fácil. Mas conseguimos no ano ter dois jogadores (por posição). O Rafael (Santos) é uma projeção mais em longo prazo, a gente trouxe exatamente para formar junto essa última etapa depois do sub-20, para que lá na frente ele seja um dos laterais do Cruzeiro. Mas especificamente falando de Orejuela, Edilson, Egídio e Dodô, a gente conseguiu ter dois jogadores confiáveis em cada função, de modo que eu possa começar com um ou outro. É isso que a gente quer. Não pode ter a desconfiança ou a necessidade de fazer improvisações. Num grupo como o nosso, até pode solucionar o problema de um ano, mas no outro temos que encontrar outras soluções. Foi isso que a gente fez. Realmente temos boas condições com os quatro jogadores das duas posições. Isso deixa o treinador muito contente”.

Poupados na Copa Libertadores, Edilson e Egídio retomarão a titularidade no clássico contra o Atlético, às 16h deste domingo, no Mineirão, pela partida de ida da final do Campeonato Mineiro. O Cruzeiro trabalha para ganhar o jogo por um placar confortável, pois o adversário terminou a primeira fase na liderança e, desta forma, tem a vantagem de ser campeão com dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols.

Ezequiel (D) - 11 jogos e 1 gol

Lucas (D) - 14 jogos

Edimar (E) - 23 jogos

Bryan (E) - 7 jogos

Ezequiel (D) - 39 jogos

Mayke (D) - 16 jogos

Lennon (D) - 7 jogos

Galhardo (D) - 2 jogos

Diogo Barbosa (E) - 60 jogos e 2 gols

Bryan (E) - 17 jogos

Fabrício (E) - 11 jogos

Edimar (E) - nenhum jogo

Edilson (D) - 38 jogos e 1 gol

Ezequiel (D) - 22 jogos

Egídio (E) - 56 jogos

Marcelo Hermes (E) - 17 jogos e 1 gol

Edilson (D) - 12 jogos

Orejuela (D) - 6 jogos

Egídio (E) - 14 jogos e 1 gol

Dodô (E) - 5 jogos e 1 gol

Lateral-direito

2016: 7 jogos

2017: 15 jogos e 1 gol

2018: 22 jogos e 1 gol

Lateral-esquerdo: 1 vez, em 2018