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Antes do jogo entre Cruzeiro e Deportivo Lara, Edilson se emociona com situação da Venezuela: 'Que possam encontrar forças'

Lateral-direito pediu união dos brasileiros para ajudar população venezuelana

Redação
Edilson se emocionou com situação dos venezuelanos - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press
O lateral-direito Edilson foi às lágrimas em entrevista coletiva nesta terça-feira, véspera do jogo entre Cruzeiro e Deportivo Lara, pela Copa Libertadores. Ele se emocionou no momento em que foi perguntado sobre a situação extracampo vivida pelos venezuelanos, adversários da Raposa em duelo marcado para esta quarta-feira, às 21h30, no Mineirão. O país enfrenta crises econômica, política e social que causam problemas de habitação, escassez de produtos básicos (leite, carne, arroz), desemprego, além de outros impactos. 

“A gente fica muito chateado com tudo que vem acontecendo. Tenho filho, família, a gente vê que é uma situação muito difícil que eles vivem. Que eles possam encontrar forças e que nossas autoridades possam ajudar de alguma forma porque é uma situação muito complicada. Eu acredito que eles vão encontrar forças para jogar”, disse. “E que possam ter mais campanhas. O futebol é tão grande.
Que a gente possa se unir, não só o Brasil, mas Argentina, outros países, para ajudar outro país, que é nosso co-irmão, e está passando um momento tão difícil”, complementou.

Inicialmente, o jogo entre Cruzeiro e Deportivo Lara estava marcado para 13 de março. Diante das dificuldades de logística encontradas pelos venezuelanos, a Conmebol adiou a partida para o dia seguinte. Ainda assim, o clube de Barquisimeto, cidade mais populosa do estado de Lara, não conseguiu embarcar para o Brasil. Desta forma, a partida acabou remarcada para esta quarta-feira.

Após construir novo itinerário, o Deportivo Lara se antecipou na viagem ao Brasil. No último domingo, a delegação deixou Caracas, na Venezuela, e seguiu para Lima. Da capital do Peru, pegou avião para São Paulo, onde desembarcou no início da noite dessa segunda antes de, finalmente, pousar em Belo Horizonte por volta de 22h55. O clube retornará ao seu país na manhã de quinta-feira.

“Primeiro que, quando foi adiado o jogo, eu fui para casa e fiquei pensando neles, no povo, nos familiares e fiquei imaginando como a gente poderia, de alguma forma, ajudar o povo venezuelano. Aí fiquei pensando se os jogadores brasileiros, não só do Cruzeiro, poderiam fazer uma campanha. Levar um quilo de arroz, um quilo de feijão para o estádio e, de repente, a gente lota o estádio, 50 mil pessoas, 50 toneladas no nosso jogo”, propôs o lateral.

Por fim, Edilson deixou uma mensagem aos adversários desta quarta-feira. Ele reforçou a importância de os clubes e torcedores brasileiros se juntarem numa corrente de solidariedade para ajudar o povo venezuelano da forma que for possível. 

“A gente se coloca no lugar, em vir de uma família humilde. Meu pai faleceu quando eu tinha 7 anos e minha mãe fez de tudo para que eu não pudesse passar fome e não faltar nada em casa. A gente vê, na própria Venezuela e no Brasil também, muitas dificuldades. Vendo as histórias, os relatos na Venezuela, não terem água, alimento, isso nos deixa muito triste.
Nosso futebol é tão gigante que a gente poderia se unir cada vez mais para ajudar uma causa que é tão nobre”, concluiu. 

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