Além da crise interna na Venezuela, um problema de logística impediu que o Deportivo Lara deixasse Valencia-VEN rumo a Belo Horizonte, onde teria jogo nesta quinta-feira, às 19h15, contra Cruzeiro, pela segunda rodada do Grupo B da Copa Libertadores. A empresa Turpial Airlines, contratada para transportar a delegação em voo fretado, não conseguiu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para entrar no Brasil.
Por conta do impasse, o Deportivo Lara tentou um acordo para fretar uma aeronave da companhia brasileira Gol Linhas Aéreas. Essa hipótese também acabou descartada, já que a autorização necessária para a empresa entrar no espaço aéreo venezuelano depende de solicitação com maior antecedência. Diante disso, a Conmebol acabou adiando mais uma vez o duelo pela segunda rodada do Grupo B da Libertadores. O jogo foi remarcado para 27 de março (quarta-feira), às 21h30, no Mineirão.
A empresa brasileira Sideral Linhas Aéreas, do Paraná, já fez o fretamento de aviões para clubes brasileiros em outras edições da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. Um funcionário da companhia informou que um voo como o pretendido pelo Lara, de ida e volta entre Valencia e Belo Horizonte, exige contratação com antecedência de 10 dias. Em alguns aeroportos, a companhia teria condições de agilizar o processo em dois ou três dias.
A empresa brasileira Sideral Linhas Aéreas, do Paraná, já fez o fretamento de aviões para clubes brasileiros em outras edições da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. Um funcionário da companhia informou que um voo como o pretendido pelo Lara, de ida e volta entre Valencia e Belo Horizonte, exige contratação com antecedência de 10 dias. Em alguns aeroportos, a companhia teria condições de agilizar o processo em dois ou três dias.
Entenda o caso
O Deportivo Lara iniciou sua saga na segunda-feira, em viagem de ônibus de Barquisimeto, onde se prepara para os jogos, até Valencia, a 210 quilômetros de distância. O trecho foi percorrido em duas horas e meia. A expectativa da delegação era sair da concentração às 11h e embarcar ao Brasil às 14h. A aeronave da empresa Turpial Airlines pousaria no Aeroporto de Manaus às 16h30 para abastecimento. Em seguida, às 17h, seguiria rumo a Confins, com chegada prevista para 21h.
Sem sucesso desse planejamento, o Deportivo Lara projetou novo itinerário e pediu o adiamento da partida. A Conmebol, então, marcou o duelo para a noite desta quinta-feira, também no Mineirão. O clube venezuelano embarcaria na noite de terça-feira rumo a Belo Horizonte e tinha chegada prevista à capital mineira para a manhã desta quarta. Porém, por volta de 9h30, o Twitter oficial do clube publicou um vídeo mostrando toda a delegação tomando café da manhã em um hotel na cidade de Valencia.
Regulamento
O artigo 169 do Regulamento da Conmebol Libertadores trata sobre a possível ausência de um time em alguma partida da competição. Caso seja comprovado que o atraso se deu por falta de planejamento, e não apenas pela crise na Venezuela, o Deportivo Lara está sujeito a sanções pesadas.
“Se um time não apresenta-se a uma partida (exceto em casos de força maior) ou nega-se a continuar a jogar ou deixa o campo antes do final da mesma, o time em questão será considerado perdedor da partida e, como regra geral, será excluído da participação da competição”.
Já o artigo 170 aponta para o risco de agremiação penalizada perder a remuneração financeira da Conmebol. “Além do anterior, o clube em questão pagará uma indenização por qualquer dano ou prejuízo causado contra a Conmebol, a Associação Anfitriã e/ou outra Associação (ções) Membro Participante (s) e não terá direito a uma remuneração financeira por parte da Conmebol. A Organizadora pode considerar futuras providências”.
Reportagem atualizada às 19h29
“Se um time não apresenta-se a uma partida (exceto em casos de força maior) ou nega-se a continuar a jogar ou deixa o campo antes do final da mesma, o time em questão será considerado perdedor da partida e, como regra geral, será excluído da participação da competição”.
Já o artigo 170 aponta para o risco de agremiação penalizada perder a remuneração financeira da Conmebol. “Além do anterior, o clube em questão pagará uma indenização por qualquer dano ou prejuízo causado contra a Conmebol, a Associação Anfitriã e/ou outra Associação (ções) Membro Participante (s) e não terá direito a uma remuneração financeira por parte da Conmebol. A Organizadora pode considerar futuras providências”.
Reportagem atualizada às 19h29