“Vamos acordar que, todo mundo aqui sabe, que a gente só pode jogar com um goleiro, né? (risos). Partindo desse pressuposto, ou vai ser Fábio ou vai ser Rafael. Eu já tive a felicidade de ter os dois como titulares”, afirma o técnico Mano Menezes, que não poupa elogios ao camisa 12. “Penso que Rafael seria titular em boa parte dos clubes do Brasil.”
O próprio jogador se mostrou feliz com a atuação contra o Tombense. E fez questão de destacar a participação do preparador Robertinho e do auxiliar Leandro Franco para conseguir boas atuações. “Tenho que dar muito crédito e agradecer muito ao Robertinho e ao Leandro, são dois caras excepcionais. Quem acompanha o dia a dia na Toca da Raposa II sabe o quanto eles exigem de nós e, com certeza, é isso que faz com que estejamos na melhor condição para entrar em campo e fazer o nosso melhor”, declara Rafael, que pegou pênalti cobrado pelo experiente Juan, além de ter feito ao menos três defesas excepcionais.
Elogios
Robertinho devolve as palavras. Segundo ele, tanto Fábio quanto Rafael são jogadores de altíssimo nível, assim como o terceiro goleiro Vítor Eudes e o jovem Marlon, que começou a treinar com os profissionais depois que Gabriel Brazão foi para o Parma, da Itália.
“Estamos muito felizes com nossos goleiros. O Vítor Eudes é do nível do Rafael ou para cima. O Marlon chegou agora e está mostrando qualidade. Estão todos trabalhando em alto nível. Há respeito entre eles, todos sabem quem é o titular, mas o próprio Fábio tem consciência de que, se não se esforçar diariamente, pode perder o lugar”, argumenta o responsável por manter os arqueiros celestes em alto nível.
Ele enaltece a qualidade dos comandados, que se dedicam bastante no dia a dia. Os métodos de Robertinho incluem atividades técnicas e também muita conversa para alertá-los para os perigos dos adversários. Mesmo quando está previsto o conhecido trabalho regenerativo, pós-jogos, os goleiros vão a campo e costumam trabalhar duro, faça chuva ou sol.
“O mais importante é que o clube acredita no nosso trabalho. Isso nos motiva a nunca nos acomodar, sempre procurar fazer o melhor”, declara o preparador, que costuma criar apetrechos para incrementar as atividades. “A gente trabalha muito, pois as oportunidades podem surgir a qualquer momento. Todos sabem disso.”
É justamente pela aplicação nos treinos que Rafael consegue se sair bem mesmo jogando pouco. Há 10 anos como profissional, ele soma 109 jogos com a camisa celeste. “Trata-se de um atleta de muita qualidade, que é muito focado na carreira. Ele quer se firmar como titular do Cruzeiro. Já teve propostas para sair, mas sempre preferiu ficar. É de extrema confiança e o vejo como o cara para substituir o Fábio quando ele se aposentar”, pondera Robertinho.
Rafael vive a expectativa de ter mais chances nos próximos jogos. Afinal, Mano Menezes tem poupado titulares quando o time tem compromissos duas vezes por semana – depois do jogo com os venezuelanos, o time voltará a campo no próximo sábado visitando o Tupi, em Juiz de Fora, e na quarta-feira vai encerrar a participação na primeira fase do Campeonato Mineiro recebendo a Caldense. No fim de semana seguinte já começam os mata-matas do Estadual.
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