Diretor de marketing do Banco Renner, Thiago Urbaneja confirmou que a companhia deverá assinar contrato de patrocínio com o Cruzeiro até o fim desta semana. Em entrevista ao Superesportes, ele ainda detalhou os objetivos da parceria, projetou um time forte dentro de campo e esmiuçou as metas para expansão do produto Digimais, conta digital da empresa gaúcha que terá a marca estampada no uniforme celeste.
“Está apalavrado, estamos formalizando. Devemos assinar o contrato nesta semana. É a nossa conta Digimais. É um banco digital e, portanto, nacional. Começamos no ano passado, com garra para crescer e expandir nacionalmente. A gente não pensa em trabalhar regionalmente, mas sim nacionalmente. Nosso banco hoje tem 200 mil clientes e sempre temos grandes objetivos. Acima de tudo, temos otimismo para 2019. A parceria com o Cruzeiro vem ao encontro de tudo isso”, disse Urbaneja à reportagem.
Assim como o diretor do banco gaúcho, o Cruzeiro mantém cautela no anúncio da parceria. Conforme antecipou o Superesportes em 14 de janeiro, as negociações já acontecem desde o segundo semestre de 2018. Resta apenas a assinatura do contrato para a oficialização. “O Cruzeiro nos procurou, conversamos, tivemos boa empatia, boa conversa. Parte da nossa expansão passa por Minas Gerais, enxergamos um potencial, e o Cruzeiro é um grande clube. Queremos o banco forte, não posso dizer que não é o nosso objetivo, mas também acreditamos que faremos o Cruzeiro mais forte com a parceria”, projetou.
A reportagem também antecipou, em 6 de fevereiro, que o Banco Renner divulgaria sua conta digital no uniforme celeste. Sem dar muitos detalhes, Urbaneja acrescentou que a marca Digimais será estampada em alguma ação conjunta com o Cruzeiro. “Nosso banco é o Digimais. Vamos estampar algo para potencializar nossa marca e também a do Cruzeiro”, revelou. Fundamentalmente, a personalização é para mensurar o número de adesões ao produto pela torcida do Cruzeiro.
Modelo de patrocínio e outras parcerias
“Olha para a população do Brasil, a modernidade, todo mundo com celular, todo mundo consumindo. E olha também a potência do Cruzeiro. Observando tudo isso, acho que é mais do que possível (alcançar 1,2 milhão de contas digitais). Acreditamos muito no produto, no potencial dele e sabemos que temos capacidade para atingir esse número. Vamos alçar voos cada vez mais altos”, disse.
Além da parceria com o Cruzeiro, o banco também negocia acordo de patrocínio com outros dois clubes do Brasil. Tudo isso, de acordo com o diretor de marketing, faz parte do projeto de expansão para 2019. “Já estamos conversando com alguns outros clubes no Brasil. Dois clubes, na verdade”, precisou.
'Potencial Crefisa'?
Desde que o Superesportes noticiou a negociação do Cruzeiro com o Banco Renner, torcedores projetaram a possibilidade de uma parceria nos moldes da Crefisa com o Palmeiras. A empresa paulista, de crédito pessoal, é a maior patrocinadora do futebol brasileiro na atualidade. Por fim, Urbaneja foi perguntado: o Banco Renner terá condições de ser para o Cruzeiro o que é a Crefisa para o Palmeiras?
“Eu acho que o potencial da parceria não tem limite. O que nós estamos propondo, esse modelo de negócio, vai ser do tamanho que o torcedor quer que seja. Não posso te especificar um tamanho, mas acreditamos e o que queremos é ter um banco forte, mas também proporcionar, através dessa parceria, um Cruzeiro mais forte. Um time capaz de se fortalecer para a torcida. O limite dessa parceria é o limite da torcida”, finalizou.
Dados do banco
. Dados do banco
Segundo o site Banco Data, que organiza números disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, o Banco Renner tem ativo total de R$ 1,4 bilhão, além de patrimônio líquido de R$ 155 milhões. Até setembro de 2018, 85,6% das receitas da instituição foram proporcionadas por operações de crédito (R$ 196,8 milhões). Os dados do último trimestre do ano passado ainda não estão publicados.
O Banco Renner também oferece serviços financeiros de investimento em renda fixa, compra de ações, crédito consignado e financiamento de veículos. A empresa está dividida entre a família Renner, hoje apenas acionista, e o Grupo Record, responsável pela administração.