O Cruzeiro vencia o Atlético por 1 a 0 até os 35min do segundo tempo do clássico deste domingo, quando Leo, ao recuperar uma bola no campo de defesa, fez passe arriscado para Dedé, que cometeu pênalti em Chará após se atrapalhar no domínio e foi expulso por acumular o segundo cartão amarelo. Na cobrança, Fábio Santos chutou rasteiro, no meio do gol, e empatou o clássico realizado no Mineirão, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro. Para o técnico Mano Menezes, essa falha defensiva comprometeu a boa atuação da equipe, até então pouco ameaçada pelo rival e com chance clara de ampliar o marcador, como ocorreu na finalização de Rafinha na trave esquerda de Victor, aos 25min da etapa final.

“Gostei de um modo geral do clássico. Mesmo jogando apenas a terceira rodada do Campeonato e num horário bastante difícil pela temperatura, as duas equipes se empenharam bem. Fizemos um bom clássico, tivemos boa parte do controle do jogo como um todo. A única coisa que eu não gostei foi do pênalti que a gente fez. Está no manual, não atravessa a bola para a frente da área, chuta para a frente e acabou a brincadeira. Até aquela hora do segundo tempo, o Atlético não tinha dado um chute a gol. E a gente tinha chutado uma bola ao poste. Ao meu ver, estávamos mais perto do segundo gol do que o Atlético do gol de empate. Cometemos o erro, faz parte da vida, avaliamos mal e fizemos a penalidade máxima”.

Por causa da expulsão de Dedê, Mano colocou Murilo no lugar de Fred com o objetivo de preencher a lacuna da zaga. Logo em sua primeira participação, o camisa 4 teve passe interceptado pelo meia Cazares, que só não marcou o gol da virada porque Fábio conseguiu fazer boa defesa na finalização. “Ficamos com dez, num momento difícil, e quase perdemos o clássico em três minutos. Murilo entrou e, logo em seguida, rebateu uma bola mal. Poderíamos ter tomado o segundo gol”.

Mano diz que não precisa instruir nenhum zagueiro do Cruzeiro sobre as lições primordiais da posição. Ele tratou o lance como uma “decisão errada” isolada. “São ajustes naturais que fazemos. Não precisamos nem instruir jogadores desse nível. Não se faz isso, todo mundo sabe, mas às vezes se toma uma decisão errada lá dentro. Isso custou o empate”.

O treinador cruzeirense também comentou os lances polêmicos de arbitragem e considerou que houve acerto tanto nos dois pênaltis quanto na parte disciplinar (11 cartões amarelos e dois vermelhos). “O clássico de modo geral foi bom. Apesar das questões confusas, acho que foram justas as decisões do árbitro. O lance do Leo no primeiro, nós olhamos e acho que foi falta. As penalidades máximas acho que foram. Está dentro daquilo que é um clássico, com discussões pós-clássico, mas acho que as coisas foram bem”.

Com sete pontos no Campeonato Mineiro, o Cruzeiro enfrentará o Boa na próxima quinta-feira, às 20h, no Estádio Melão, em Varginha, pela quarta rodada da competição.