O Cruzeiro buscou peças de reposição para cada jogador que deixou o elenco. Nas laterais, Orejuela e Dodô substituíram Ezequiel e Marcelo Hermes. Na zaga, Fabrício Bruno preencheu a vaga de Manoel. No meio-campo, Jadson, Rodriguinho e Marquinhos Gabriel entraram nos lugares de Bruno Silva, Mancuello e Arrascaeta, enquanto Renato Kayzer supriu a saída de Rafael Sobis. A diretoria só não recorreu ao mercado para buscar uma alternativa ao argentino Hernán Barcos porque conta com os centroavantes Fred, Sassá e Raniel. Em contrapartida, há o desejo de contratar mais um jogador de beirada no ataque. Os nomes de Keno e Pedro Rocha foram analisados pela cúpula celeste.
O fortalecimento do grupo tem uma razão: o Cruzeiro quer contar com boas peças de reposição para se dar bem tanto nos torneios de mata-mata, casos de Copa Libertadores e Copa do Brasil, quanto no Campeonato Brasileiro, disputado no sistema de pontos corridos. É que os direitos de transmissão da Série A serão divididos por três critérios: 40% igualitariamente; 30% por audiência televisiva e mais 30% pela posição final na competição.
“A gente tem uma preocupação não só com o título do Campeonato Brasileiro. Foi pouco divulgado, mas o dinheiro da televisão agora, uma boa parte dele, se não me engano 40% (na verdade são 30%), é dividida para os melhores colocados. Quem estiver mais em cima vai ganhar mais dinheiro. O Cruzeiro, em questão de orçamento, tem essa preocupação também. Não apenas ser campeão, mas ficar entre os quatro. Quem fica entre os quatro tem uma receita melhor. E a diferença é grande. Isso é público”, declarou Itair Machado, vice-presidente de futebol da Raposa.
Se um eventual título do Cruzeiro gerará maior receita pela colocação no Campeonato Brasileiro, o rateio de audiência televisiva vai favorecer principalmente a Flamengo e Corinthians, clubes de maior torcida no Brasil e que, consequentemente, têm mais partidas exibidas pela TV Globo.
O jornal Estado de S. Paulo publicou no dia 11 de novembro de 2018 uma projeção sobre quanto receberia da televisão o campeão brasileiro em 2019. Em caso de título, o Cruzeiro embolsaria R$ 100,6 milhões, valor bem inferior ao que seria arrecadado por Flamengo (R$ 327,1 milhões) ou Corinthians (R$ 271,1 milhões).
Ainda assim, o dinheiro da TV em 2019 superará as premiações da Copa do Brasil (R$ 64,35 milhões) e da Copa Libertadores (US$ 19 milhões [R$ 71,6 milhões]).
Bicampeão brasileiro consecutivo em 2013 e 2014, o Cruzeiro alcançou posições intermediárias nas edições seguintes: 8º em 2015; 12º em 2016; 5º em 2017; e 8º em 2018. Já o técnico Mano Menezes, três vezes vencedor da Copa do Brasil (2009, 2017 e 2018), ainda busca seu primeiro troféu na elite nacional.
Mudanças no elenco do Cruzeiro
Saíram:
Ezequiel - lateral-direito (Fluminense)
Marcelo Hermes - lateral-esquerdo (Benfica-POR)
Manoel - zagueiro (Corinthians)
Bruno Silva - volante (Fluminense)
Mancuello - meia (Toluca-MEX)
Arrascaeta - meia (Flamengo)
Rafael Sobis - atacante (Internacional)
Barcos - atacante (sem clube)
Chegaram:
Orejuela - latera-direito (Ajax-HOL)
Dodô - lateral-esquerdo (Sampdoria, da Itália)
Fabrício Bruno - zagueiro (Chapecoense) *
Jadson - volante (Fluminense)
Marquinhos Gabriel - meia (Corinthians)
Rodriguinho - meia (Pyramids, do Egito)
Renato Kayzer - atacante (Atlético-GO) *
* Emprestados pelo Cruzeiro em 2018