O melhor atleta celeste foi Reginaldo José da Silva, que completou o percurso em 54min, mas ficou fora dos 30 melhores. A prova foi vencida pelo etíope Belay Bezabh, em 45min03, seguido por Dawitt Adamsu, do Bahrein, com 46min06. O brasileiro mais bem colocado foi Giovani dos Santos, mineiro de Natércia, no Sul do estado, que ficou em oitavo. No feminino, a queniana Sandrafelis Tuei garantiu a vitória depois de assumir a liderança no quilômetro final do trajeto.
“Procurei incentivar o máximo possível, como sempre faço nas minhas preleções, mas todo mundo de cabeça baixa. Como um atleta vai correr a São Silvestre sabendo que a equipe acabou? Isso mexe com o atleta. Todo mundo pensando: 'para onde que eu vou? Será que vou conseguir outro emprego?' É complicado”, lamentou o técnico Alexandre Minardi. “Sou grato ao Cruzeiro, gostaria de me aposentar no clube, mas a chance de reverter (a decisão do clube) é mínima”, acrescentou.
A diretoria do Cruzeiro justificou a decisão de acabar com a equipe de atletismo ao corte de gastos para o próximo ano. A equipe era composta por 25 atletas, sendo nove titulares que recebiam salários mensalmente. Em 2017, o custo era de R$ 600 mil. Para 2018, houve redução de 40%, fechando em R$ 360 mil (R$ 30 mil mensais).
Em entrevista ao Superesportes nessa sexta-feira, o diretor-geral do clube, Sérgio Nonato, falou a respeito do fim da equipe. “Foi uma decisão da diretoria, pois o atletismo gerava muita despesa e não conseguíamos patrocínio. Portanto, encerramos as atividades”, afirmou. “Estamos cortando custos. O atletismo gastava mais de R$ 500 mil. Não tem patrocínio. Todos os atletas já foram comunicados”, completou.
Equipe de atletismo no caminho de volta de São Paulo após participação na 94ª edição da São Silvestre - Foto: Alexandre Minardi/Arquivo pessoal
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