
Com o fim das atividades a partir de 2019, a Corrida de São Silvestre, em São Paulo, no dia 31 de dezembro, será a última competição do atletismo cruzeirense.
“Foi uma decisão da diretoria, pois o atletismo gerava muita despesa e não conseguíamos patrocínio. Portanto, encerramos as atividades”, afirmou o diretor-geral do clube, Sérgio Nonato. “Estamos cortando custos. O atletismo gastava mais de R$ 500 mil. Não tem patrocínio. Todos os atletas já foram comunicados”, completou.
Alexandre Minardi lamentou o fim da equipe, que competiu em cerca de 300 provas de rua nesta temporada e, nos últimos anos, foi representada por atletas de destaque nacional, como Franck Caldeira, de Sete Lagoas, que venceu a São Silvestre em 2006.
“Sou muito grato ao Cruzeiro, gratidão imensa, mas fiquei triste pela forma como foi comunicado o fim da equipe de atletismo”, lamentou Minardi. “Sempre brilhamos nas provas de rua do país. O Cruzeiro é reconhecido no mundo inteiro, é uma equipe respeitada no Brasil inteiro”, disse.
“O argumento do Cruzeiro é que precisa cortar despesas, que a dívida está grande. Eu perguntei se a culpa era do atletismo, pois nosso custo é mínimo. Tem atleta que recebe R$ 1 mil, R$ 1,5 mil. Até o ano passado, o custo anual era R$ 600 mil, cerca de R$ 50 mil por mês, para passagens, hospedagens, tudo. E esse valor não tinha reajuste há uns 10 anos e olha a inflação deste período.... O presidente Wagner Pires de Sá reduziu 40%, para cerca de R$ 30 mil mensais neste ano de 2018”, contou o técnico.
Na Corrida de São Silvestre, no dia 31 de dezembro, atletismo celeste contará com sete corredores na prova masculina: Gilmar Silvestre Lopes, Wellington Bezerra da Silva, Valdir Sérgio de Oliveira, Valério de Souza Fabiano, Gleison da Silva Santos, Reginaldo José da Silva e Ivamar de Oliveira. No feminino, a argentina Marcela Cristina Gomez Cordeiro será a única representante na corrida. Nesta categoria, o Cruzeiro sagrou-se campeão, com a queniana Maurine Kpchumba, em 2012.