
Os jogadores são também aqueles em atividade com mais tempo de clube. O camisa 1 retornou no início de 2005 depois de rápida passagem entre 1999 e 2000. O defensor, que é de Belo Horizonte e torcedor cruzeirense desde a infância, chegou em agosto de 2010. Já o meio-campista começou em 2008, foi emprestado ao Santos entre 2011 e voltou em 2013.
Com tanta experiência, eles se tornaram referências dentro e fora de campo. E construíram relação que ultrapassou o âmbito profissional. Prova disso é que passaram o Natal juntos esquiando no Colorado, nos Estados Unidos, com familiares.
Fábio, de 38 anos, é o mais velho deles. Com atuações brilhantes, ajudou a Raposa a chegar aos últimos títulos nacionais. Ao lado de Henrique, de 33, esteve bem perto da taça da Copa Libertadores em 2009. O volante abriu o marcador na segunda partida da final, no Mineirão, mas ambos não conseguiram impedir a virada do Estudiantes-ARG por 2 a 1, e a perda do sonhado título.
Eles disputaram a competição também no ano anterior e em 2010, 2011, 2014, 2017 e neste ano. Já Leo, de 30 anos, esteve ao lado de Fábio também na Libertadores de 2012. O grande objetivo do trio, obviamente, é levar o clube à conquista da América pela terceira vez e, depois, ao inédito Mundial de Clubes.
Fábio é, com larga vantagem, o jogador que mais vestiu a camisa celeste – tem 174 jogos a mais que o segundo na lista, o volante Zé Carlos, que atuou nas décadas de 1960 e 1970. Henrique é o nono, estando a 27 jogos de Joãozinho, célebre ponta-esquerda da década de 1970, em oitavo.
Leo está mais longe do “top 10” dos que mais atuaram, mas igualmente já escreveu o nome na história celeste. E poderá fazer ainda mais, pois está a seis gols de se igualar a Cris como o segundo zagueiro que mais fez gols pela Raposa. O recordista é Geraldo, que atuou em 1980/1981 e de 1984 a 1987.
BOAS RELAÇÕES
A boa convivência entre os pilares faz os jogadores se elogiarem mutuamente. “Henrique é uma das referências do clube, exemplo tanto dentro quanto fora de campo. Trata-se de um cara trabalhador, que evoluiu bastante. A garotada que chega vê um exemplo a ser seguido”, afirma Leo.
E também brincam com as marcas alcançadas, enquanto miram novos desafios. “Fazer história é legal. Fico feliz de igualar em número de jogos grandes jogadores (como Palhinha). Não vai dar para alcançar o Fábio (risos), mas a gente fica satisfeito de entrar em um grupo seleto de grandes atletas. Todo jogador sonha em marcar história no clube e eu venho procurando fazer isso com títulos. É gratificante”, diz Henrique.
Os três têm bom conceito no mercado. Porém, a tendência é de que terminem a carreira vestindo a camisa azul. Fábio tem contrato até o fim do ano que vem, prorrogável por mais uma temporada. O compromisso de Leo é até dezembro de 2022. Já Henrique está garantido por mais 12 meses.
Currículo de cada um com a camisa celeste
Fábio
Fábio
Goleiro
807 jogos
11 títulos (2 Brasileiros, 3 Copas do Brasil e 6 Mineiros)
Leo
Zagueiro
335 jogos
7 títulos (2 Brasileiros, 2 Copas do Brasil e 3 Mineiros)
Henrique
807 jogos
11 títulos (2 Brasileiros, 3 Copas do Brasil e 6 Mineiros)
Leo
Zagueiro
335 jogos
7 títulos (2 Brasileiros, 2 Copas do Brasil e 3 Mineiros)
Henrique
Volante
458 jogos
9 títulos (2 Brasileiros, 2 Copas do Brasil e 5 Mineiros)
458 jogos
9 títulos (2 Brasileiros, 2 Copas do Brasil e 5 Mineiros)