Na conversa com o jornalista Jorge Correa, Arrascaeta falou sobre o posicionamento que o técnico Mano Menezes encontrou para ele render mais no time e da dificuldade de brilhar na Seleção Uruguaia. Ele também relembrou a parceria com Felipe Gedoz, quando era atleta do Defensor, e espera voltar a atuar ao lado do brasileiro.
Principais pontos da entrevista de Arrascaeta ao Ovación, do Uruguai
Como fez para conseguir ser o melhor camisa 10 do Brasil em um futebol com tantos jogadores habilidosos?
"Foi um grande ano que logramos com a equipe, pudemos cumprir todos os objetivos, levantar a Copa do Brasil, que foi o que nos propusemos, e depois chegaram as distinções pessoais que me enchem de orgulho e devo à equipe".
Quanto tem a ver a posição que o técnico Mano Menezes te coloca em campo para desenvolver seu futebol?
"Comecei jogando pela esquerda, uma posição que não é minha, e o técnico aos poucos foi encontrando o lugar para me deixar mais solto, perto dos atacantes. Fundamentalmente se baseia em atacar de outra forma e fazer superioridade numérica quando chegar à área".
Quais são os seus parceiros no ataque do Cruzeiro?
"Jogadores muito técnicos como Fred, Thiago Neves, Robinho... Tocamos a bola e saem as jogadas rápidas, que são treinadas durante a semana. Todos têm muita habilidade e chegamos rápido ao ataque".
Você se considera um ídolo da torcida do Cruzeiro?
"(Risos) Desde que cheguei ao Cruzeiro, trataram-me muito bem, fizeram-me sentir muito cômodo. Não me considero ídolo, mas o reconhecimento da torcida é muito grande. Fiz gols em todas as finais e em todos os clássicos, que são muito importante para a equipe e para o torcedor. Sou parte de um grupo com responsabilidade de sempre conseguir coisas para um grande do Brasil".
Você é o melhor 10 do Brasil. O que acontece com a Seleção Uruguaia? É o posicionamento no campo e a função tática que desempenha?
"O jogador quanto mais joga, mais confiança tem. Uruguai tem grandes jogadores, mas às vezes um plano de jogo prejudica a alguns jogadores mais que os outros. Uruguai sempre teve característica histórica de defender e contragolpear, mais que jogar de forma ofensiva. De repente defendemos mais do que temos que defender e atacamos menos".
Sua melhor posição na Seleção Uruguaia é jogar livre perto de Cavani e Suárez?
“É onde me sinto mais cômodo, jogando livre e mais perto desses monstros, como no último amistoso antes do Mundial e no amistoso contra a França”.
Sonha com a Copa América que disputará no Brasil em 2019?
"É uma motivação extra para estar forte em minha preparação. Que seja jogada em um país onde jogo é um plus. Tenho que me preparar para estar bem no Cruzeiro para me integrar à Seleção".
Aquela caneta, cobertura e passe que terminou no gol de Felipe Gedoz contra o Cruzeiro foi o trampolim para chegar ao clube?
“Somou muito à grande Copa Libertadores que fiemos em 2014 com o Defensor e essa boa atuação que tive”.
O que sabe de Felipe Gedoz?
“Sigo conversando com ele. Quando estava no Atlético-PR, o encontrava no aeroporto. Terminou jogando no Goiás, equipe da Segunda Divisão. Agora, subiu à Primeira, é titular e figura do time, além de capitão. Fizemos uma grande dupla no Defensor. Em determinado momento, falaram do nome dele no Cruzeiro, mas não se concretizou. Se Deus quiser, voltaremos a jogar juntos algum dia. Nos conhecemos muito bem”.