O Cruzeiro celebra nesta sexta-feira os 15 anos da Tríplice Coroa, feito alcançado pelo clube em 2003 com as conquistas do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro. O Superesportes traz algumas curiosidades daquela temporada histórica.
O jogador mais utilizado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo no Campeonato Brasileiro foi o lateral-esquerdo Leandro, que disputou 45 jogos. Na temporada, os três primeiros foram o goleiro Gomes (67), o lateral-direito Maurinho e o volante Augusto Recife (65 cada).
O quarteto Alex, Aristizábal, Deivid e Mota foi responsável por 120 dos 179 gols do Cruzeiro em 2003. Os números representam 67% do total.
Em números absolutos, os 179 gols em uma só temporada estabeleceram um recorde na história do Cruzeiro. Quem chegou mais perto dessa marca foi o time de 1966, de Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Evaldo, Zé Carlos e companhia, com 172 gols. Vale ressaltar que o esquadrão campeão da Taça Brasil disputou 16 partidas a menos que o time de 2003 (57 a 73).
O técnico Vanderlei Luxemburgo alternava o Cruzeiro nos esquemas 4-4-2 e 3-5-2. Com três zagueiros, Thiago costumava jogar como líbero. O jogador revelado pelo América esteve em 42 jogos naquele ano, sendo mais utilizado que os já renomados Cris (34), cedido ao Bayer Leverkusen-ALE no primeiro semestre, e Luisão (33), negociado em agosto com o Benfica, de Portugal.
Em 46 partidas no Brasileiro, o Cruzeiro começou com a formação 3-5-2 em 13 oportunidades.
Por vezes o volante Maldonado é lembrado como campeão da Tríplice Coroa, mas em 2003 ele só disputou o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana pelo Cruzeiro. O também volante Felipe Melo, o armador Zinho e os atacantes Márcio Nobre, Alex Dias e Alex Alves são outros jogadores que participaram apenas da conquista da elite nacional.
O meia Alex é, até hoje, o maior artilheiro do Cruzeiro em uma edição de Campeonato Brasileiro. Em grande fase há 15 anos, ele marcou 23 gols na Série A, superando os 22 anotados por Alex Alves, em 1999. O curioso é que Aristizábal, com 21, tinha tudo para ser o goleador celeste no certame. Contudo, acabou ultrapassado graças aos cinco gols assinalados pelo camisa 10 (quatro de pênalti) na vitória esmagadora sobre o Bahia, por 7 a 0, na Fonte Nova, em Salvador, pela última rodada da competição.
O Cruzeiro de 2003 segue com o melhor aproveitamento entre os campeões na era de pontos corridos. Em 46 rodadas (138 pontos possíveis), o time alcançou 100 pontos (72,46%), com 31 vitórias, sete empates e oito derrotas. Para um time ultrapassar esse índice no formato atual, teria de somar 83 pontos.
Após a saída de Deivid para o Bordeaux, da França, o Cruzeiro buscou o atacante Márcio Nobre, que marcara 12 gols pelo Paraná no Brasileiro de 2002. Ele teve boas atuações e contabilizou cinco tentos na Série A. Quem, no entanto, chamou a responsabilidade de suprir a lacuna deixada pelo camisa 19 foi o cearense Mota, que encerrou o campeonato com os mesmos 15 gols de Deivid.
O São Caetano foi o único time do Campeonato Brasileiro que o Cruzeiro não conseguiu vencer. No turno, houve empate por 2 a 2, no Mineirão. No returno, o time do ABC venceu por 2 a 0, em sua casa. As equipes ainda se enfrentaram pela fase de grupos da Copa Sul-Americana, em Belo Horizonte, e empataram por 1 a 1.
Poucos jogadores do elenco mágico seguem em atividade. Destaque para o zagueiro Edu Dracena, 36, e o volante Felipe Melo, 35, campeões da Série A com o Palmeiras em 2018. O goleiro Gomes, de 37 anos, está em sua última temporada pelo Watford, da Inglaterra. O atacante Márcio Nobre, 38, disputa a segunda divisão da Turquia pelo Gençlerbirligi. O volante Augusto Recife, 35, chegou a treinar no União Luziense-MG, enquanto o zagueiro Gladstone, 33, defenderá a URT no Mineiro 2019.