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CRUZEIRO

Sidnei Lobo isenta defesa de culpa por gol do São Paulo e lamenta falta de capricho do Cruzeiro no ataque

Tricolor anotou tento da vitória após lance oriundo de cobrança de escanteio

Redação
Após passe de cabeça de Arboleda, Diego Souza chutou de voleio e marcou gol da vitória do São Paulo - Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
O Cruzeiro sofreu um gol oriundo de cobrança de escanteio e perdeu para o São Paulo por 1 a 0, neste domingo, no Morumbi, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Aos 30min do primeiro tempo, Nenê cruzou com efeito para a grande área, Arboleda cabeceou para baixo, e Diego Souza ajeitou de peito antes de finalizar de voleio, sem chances para o goleiro Fábio. No lance, tanto o volante Ariel Cabral quanto o zagueiro Manoel não conseguiram afastar a bola. Além disso, o lateral-direito Edilson e o atacante Barcos demoraram a sair da pequena área e deram condições a três jogadores são-paulinos. Em entrevista coletiva depois da partida, o auxiliar técnico Sidnei Lobo comentou o curso da jogada e isentou o sistema defensivo de culpa.


“A gente treinou essa jogada sim. E a bola do Nenê, nesse caso, foi viajada. Eles não deixaram ninguém para puxar, eles atacaram com quatro, e, se não me engano, foi o Arboleda quem cabeceou a bola. O Arboleda é um dos melhores cabeceadores do Campeonato Brasileiro.
Ele tem um bom tempo de bola e acabou ganhando. O Ariel tentou correr para trás e saltar, que é difícil. Ele (Arboleda) acabou levando vantagem nessa hora, ficaram dois jogadores e, infelizmente, o Diego Souza dominou a bola. A gente estava saindo, e eles acabaram fazendo o gol por mérito deles. Nós vamos tentar corrigir isso para que não ocorra mais”.


Um dos desfalques do Cruzeiro neste domingo foi o zagueiro Dedé, que está a serviço da Seleção Brasileira. O defensor de 1,92m tem no jogo aéreo sua principal virtude, destacando-se tanto pelo posicionamento quanto pela capacidade de acertar a trajetória da bola. Sidnei Lobo reconheceu a importância do camisa 26 nesse fundamento, porém assegurou que todos os atletas da posição no elenco cruzeirense estão preparados para combater lançamentos e cruzamentos dos adversários.


“Nós temos excelentes zagueiros atuando no Cruzeiro. O Dedé faz falta? Óbvio que faz falta. Ele é um dos melhores, tem um bom tempo de bola, agride a bola. Mas ali não era função do zagueiro. Ela foi alçada e foi muito ao fundo, surpreendendo nossa defesa. O Leo, o Manoel, o próprio Murilo, que está lesionado, o Cacá, que está subindo, são zagueiros de alto nível”.

Atacante Hernán Barcos foi o responsável pela finalização mais perigosa do Cruzeiro neste domingo - Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

O assistente de Mano Menezes elogiou a dedicação de Manoel no dia a dia de treinos na Toca da Raposa 2 e reforçou a tese de que o gol ocorreu por merecimento do São Paulo. “O Manoel é um dos que se dedicam.
Sempre após o treino, ele faz trabalhos de bola alçada. Não foi esse o motivo de termos tomado o gol. Foi mérito do São Paulo de aproveitar a chance”.

Na construção de jogadas, o Cruzeiro criou uma chance perigosa aos 16min do primeiro tempo, em cabeceio de Barcos rente à trave esquerda, e poderia chegar perto de balançar a rede aos 12min da etapa final, se David acertasse o domínio de bola após assistência de Robinho. O camisa 11 estava livre de marcação, porém se atrapalhou ao ajeitar a redonda e permitiu a recuperação da defesa do São Paulo. Para Sidnei Lobo, foi justamente essa falta de capricho na concretização dos ataques que dificultou a busca pela vitória neste domingo.


“A equipe procurou o resultado desde o início. Nós tínhamos uma noção clara de como o São Paulo viria, com uma proposta mais ofensiva, de querer trabalhar bem essa bola, chegando com quatro, cinco ou seis, e a gente tinha que neutralizar bem, fechando todos os espaços. Em determinado momento eles até conseguiram fazer uma penetração trabalhando nas costas do volante, o que dificultou um pouco. Mas desde o início conseguimos recuperar essa bola, trabalhar com um ou dois toques e chegar perto do gol adversário. Faltou um pouco de capricho no passe final, na conclusão, senão certamente chegaríamos ao gol. Aí seria um a zero.
Na bola parada, acabamos sofrendo o gol. Aí você tem que correr atrás, é sempre mais difícil. Na segunda parte, evoluímos mais, trabalhando com David pelo lado e com penetração pela diagonal. Fomos em busca do gol para chegar ao empate. Infelizmente não conseguimos o êxito de empatar o jogo. Agora, o que nos resta é descansar nesse momento e ir pensando no jogo contra o Vitória (quarta-feira, às 21h45, no Mineirão, pela 36ª rodada). Acabei de falar para os atletas que será importante, que teremos que manter o foco até o final, o mesmo espírito, e terminar bem o ano e a competição”.

O Cruzeiro encerrou a 35ª rodada do Campeonato Brasileiro na oitava posição, com 49 pontos. Além do duelo com o Vitória na próxima quarta-feira, no Mineirão, o time celeste pegará Flamengo (casa) e Bahia (fora) no encerramento da competição.



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