“Acredito que não (vamos renovar). Se fosse para o Itair definir, não é minha área, eu não seguiria”, disse. “Por incrível que pareça, o patrocínio da Caixa não é tão importante assim. É um patrocínio de R$ 10 milhões, mas vai receber R$ 3 milhões apenas em janeiro. E você tem que estar rigorosamente em dia com os impostos. Dificilmente um clube consegue ficar em dia. Hoje, o Cruzeiro até está em dia, pelo que acompanho do financeiro. Mas você tem que ficar pagando imposto para receber da Caixa, sendo que o imposto pode entrar no fim do ano, por meio do REFIS. Então não vejo o patrocínio da Caixa como primordial para os clubes brasileiros. A contrapartida é muito pesada”, explicou o vice-presidente de futebol.
Ainda de acordo com Itair Machado, o diretor de marketing, Renê Salviano, assumiu interinamente o departamento comercial e já busca novas soluções para o espaço mais nobre da camisa do Cruzeiro. “O clube tem vários mercados, já está buscando o patrocínio máster. O Renê assumiu interinamente agora o departamento comercial. É da área, já está atrás de várias empresas. Acredito muito que o Cruzeiro, pela exposição que teve este ano, terá bons patrocinadores em 2019”, projetou o dirigente.
A Caixa Econômica Federal estampa sua marca na camisa do Cruzeiro desde 2016. Nesta temporada, acertou um contrato de R$10 milhões em acordo assinado no último mês de abril. Com bonificações pela conquista da Copa do Brasil, o Cruzeiro embolsou mais R$500 mil.
Além da Caixa, estampam suas marcas no uniforme do Cruzeiro a rede Supermercados BH (manga), a Cemil (omoplata), a ABC da Construção (calção), a Orthopride (costas da camisa), e a Uber (outra parte do calção).
Chineses de olho?
O Superesportes noticiou no último dia 5 o interesse da multinacional chinesa Ledman, especializada na fabricação de LEDs, em patrocinar o Cruzeiro. Itair Machado confirmou a proposta, mas praticamente descartou o acerto, uma vez que a companhia gostaria de envolver direitos econômicos de jogadores das categorias de base do clube.
A Ledman já investe no futebol há algum tempo. Na China, gerencia o Shenzhen Ledman F.C, que disputa a terceira divisão do país. Em Portugal, a companhia investiu 6 milhões de euros (R$22 milhões) para comprar o naming rights da segunda divisão local. O torneio passou a se chamar Ledman Liga Pro. No país europeu, a multinacional ainda enviou atletas e treinadores chineses para intercâmbio profissional e instalou telões de LED nos estádios. Na Oceania, o grupo é responsável pela administração do Newcastle Jets. O clube disputa a primeira divisão do torneio local e estampa a marca da Ledman no espaço mais nobre do uniforme.
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