Enquanto seguem às investigações da morte de Daniel Corrêa, espancado e torturado no último dia 27 em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, a família do jogador deu suas primeiras declarações quanto ao crime. Em entrevista à RPC Curitiba, tanto a mãe, quanto a tia do atleta com passagens São Paulo, Cruzeiro e Botafogo rechaçaram a possibilidade de estupro, citada por Edison Brittes, que confessou o crime.
"Eu estou fazendo um esforço muito grande para falar. Eu não consigo nem comer direito, nem dormir. Meu coração está despedaçado", disse a mãe do jogador. "Eles tiveram coragem de me falar, com a voz mais doce do mundo, que eles estavam prontos para me ajudar no que fosse preciso, que eu podia contar com eles. Me mandaram fotos falando que estavam indo para o IML, para ter certeza que não era ele", completou
"Então eles tiveram sangue frio. Eles são monstruosos", finalizou a mãe de Daniel, que teve sua fala corroborada pela tia. "O Daniel era um menino de ouro e jamais tentaria estuprar uma mulher", contou.
Dando prosseguimento às investigações, a Polícia Civil de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, ouviu mais testemunhas na última segunda-feira a fim de traçar a sequência de incidentes que levaram ao espancamento e à tortura. Cristiana Brittes e a filha, Allana, prestaram depoimento, além de um suspeito de 19 anos. O empresário Edison Brittes Júnior teve seu depoimento adiado.
Ainda segundo a RPC, durante o depoimento prestado, Cristiana confirmou que sofreu uma tentativa de estupro por parte do jogador.
Edison Brittes, a esposa Cristiana e a filha Allana segue presos de forma temporária por 30 dias. Na entrevista em que confirmou a autoria do crime, o empresário também afirma que ouviu gritos do quarto e ao abrir a porta se deparou com Daniel tentando abusar de sua esposa.
Na apuração preliminar do Instituto Médico-Legal (IML), divulgada pela Polícia Civil, Daniel foi espancado na casa da família Brittes e, depois, levado para um matagal, onde o corpo foi encontrado. A morte foi causada por ferimento por arma branca. O corpo do jogador foi velado e sepultado na última quarta-feira, em Conselheiro Lafaiate, em Minas Gerais, cidade da família do atleta.
Mineiro de Juiz de Fora, Daniel foi morto aos 24 anos. Revelado pelo Cruzeiro, o meio-campista foi contratado pelo São Paulo após se destacar no Botafogo. Também passou por Ponte Preta e Coritiba. Ele estava emprestado pelo Tricolor paulista ao São Bento, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro..