Ainda de ressaca pelo hexa da Copa do Brasil, o Cruzeiro volta a se concentrar no Campeonato Brasileiro, pelo qual terá três partidas consecutivas como mandante. Neste domingo, às 19h, o adversário será a Chapecoense, pela 30ª rodada, no Independência. Na quarta-feira, às 19h30, o time celeste retorna ao Mineirão, onde fará jogo atrasado da 28ª rodada, contra o Ceará. No sábado seguinte, às 21h, também no Gigante da Pampulha, será a vez de pegar o Paraná, pela 31ª rodada. O fato em comum entre os oponentes da Raposa é a presença na zona de rebaixamento da competição.
No turno do Campeonato Brasileiro, pouco antes da paralisação da Copa do Mundo, o Cruzeiro somou quatro pontos nos confrontos com esses três clubes. A vitória sobre o Ceará por 1 a 0, no Castelão, pela nona rodada, colocou o time na vice-liderança, com 16 pontos, a quatro do então primeiro colocado Flamengo. Só que o tropeço diante da Chape, na Arena Condá (2 a 0, pela 11ª rodada), e o empate com o Paraná, na Vila Capanema (1 a 1, pela 12ª rodad), tiraram os comandados de Mano Menezes dos holofotes da Série A. O grupo, então, passou a se concentrar exclusivamente na Copa Libertadores, da qual foi eliminado pelo Boca Juniors nas quartas de final, e na Copa do Brasil, conquistada na decisão contra o Corinthians.
A prioridade pelos torneios de mata-mata teve um preço: a campanha modesta no Brasileiro. O Cruzeiro, que utilizou time reserva em algumas partidas, está na 10ª posição, com 37 pontos, muito atrás do líder Palmeiras (59). Como o time celeste já assegurou vaga na fase de grupos da Copa Libertadores de 2019, por causa do título da Copa do Brasil, as nove rodadas finais na elite nacional seriam, em tese, para consolidar permanência na primeira divisão.
Entretanto, existe o desejo de jogadores, comissão técnica e diretoria de melhorar a situação no Brasileiro, principalmente pelo fato de a Confederação Brasileira de Futebol oferecer uma premiação específica por colocação. O campeão, por exemplo, embolsará R$ 18 milhões. Já o 16º ficará com aproximadamente R$ 850 mil. Os valores são os mesmos do ano passado. Ou seja, se a disputa terminasse hoje, o Cruzeiro garantiria R$ 1,5 milhão pelo 10º lugar. Na temporada anterior, o clube recebeu R$ 4 milhões por encerrar o campeonato em quinto, com 57 pontos.
Além disso, o Cruzeiro conseguiu números ofensivos aquém de seu potencial, principalmente por contar com jogadores de renome, casos de Thiago Neves, Arrascaeta, Barcos, Fred e Rafael Sobis. Em 29 jogos, o time só marcou 22 gols - média de 0,75 - e divide com o Ceará a condição de segundo pior ataque. Historicamente, a Raposa sempre ganhou notoriedade por fazer muitos gols no Campeonato Brasileiro. Na era dos pontos corridos, o clube é o que mais balançou a rede (939), seguido por Santos (935), São Paulo (933) e Fluminense (851).
"A gente vai manter o time inteiro para finalizar a temporada. Nós temos que fazer um percentual de pontuação melhor do que fizemos até agora. Temos time para isso. E nós vamos enxergar o término do Brasileiro assim. Não temos que fazer testes, não é hora para fazer testes. A gente já conhece todo mundo, já sabe que cada um pode render e produzir. Nós temos é que jogar, e vamos terminar a temporada com este pensamento", comentou o técnico Mano Menezes, em entrevista ao canal SporTV.
"A gente vai manter o time inteiro para finalizar a temporada. Nós temos que fazer um percentual de pontuação melhor do que fizemos até agora. Temos time para isso. E nós vamos enxergar o término do Brasileiro assim.
Adversários
Primeiro adversário do Cruzeiro na série contra os times que lutam para permanecer na Série A, a Chapecoense aparece em 18º lugar, com 31 pontos e apenas 35,6% de aproveitamento. Até aqui, são sete vitórias, 10 empates e 12 derrotas. De acordo com os cálculos do site Probabilidades no Futebol, do Departamento de Matemática da UFMG, os catarinenses têm 53,3% de chances de queda à Série B.
Por ter uma partida a menos, o Ceará, 17º, lida com situação um pouco menos complicada. Com os mesmos 31 pontos da Chape, mas em vantagem no saldo de gols (-7 a -13), o time tem risco de descenso de 30,2%, segundo os matemáticos da UFMG. Já o Paraná se encontra num cenário praticamente irreversível: é o lanterna, com apenas 17 pontos e probabilidade de 99,992% de rebaixamento. Para não cair, precisaria vencer as nove partidas restantes, feito bastante utópico para quem registrou somente três triunfos em 29 rodadas.
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