O Cruzeiro chegou ao título da Copa do Brasil com um dos elencos mais caros do País. Ao contrário do Corinthians, que vendeu vários jogadores, Pires investiu pesado para atender aos pedidos do técnico Mano Menezes. Só nas aquisições dos direitos do volante Bruno Silva, do meia Mancuello e do atacante David foram gastos R$ 22 milhões. Já o lateral-direito Edilson e os atacantes Barcos e Fred chegaram à Toca da Raposa sem custos, mas estão entre os maiores salários do elenco.
Para tentar conter o assédio de clubes do exterior e evitar a saída de peças importantes do elenco no meio da temporada, Pires também renovou os contratos do zagueiro Dedé, do volante Ariel Cabral, do meia Arrascaeta e do atacante Raniel. A nova diretoria ainda recusou uma proposta de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 13 milhões) para negociar o meia Thiago Neves com o Al-Hilal, da Arábia Saudita.
Politicamente, Pires se distanciou do grupo do antecessor, Gilvan de Pinho Tavares, presidente entre 2012 a 2017. Apesar de ter sido eleito com apoio de Gilvan, ele trocou praticamente todos os diretores que formavam o "núcleo duro" do departamento de futebol.
Pires também fez várias mudanças na área administrativa, com destaque para a criação da Diretoria de Gestão de Arena, responsável pelo relacionamento com os administradores do estádio do Mineirão. O clube está perto de bater a marca de 1 milhão de torcedores em jogos do Mineirão na temporada e, entre os 10 maiores públicos do Cruzeiro no estádio desde 2013 (após a reforma para a Copa das Confederações), quatro foram registrados este ano: contra América-MG (Mineiro), Flamengo (Libertadores), Boca Juniors (Libertadores) e Corinthians (Copa do Brasil).
O time campeão e a nova estratégia de relacionamento com o torcedor também devem fazer o clube atingir outra meta estabelecida por Pires quando assumiu o comando do clube, que é alcançar os 100 mil sócios-torcedores.