Advogado do Cruzeiro no Rio de Janeiro, Theotonio Chermont indicou que o clube tentará efeito suspensivo para o atacante Sassá atuar contra o Corinthians no compromisso de volta da final da Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, às 21h45, em São Paulo. O camisa 99 recebeu seis jogos de suspensão pelo soco dado em Mayke, do Palmeiras, na semifinal da competição. O cruzeirense foi julgado nesta quinta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Em entrevista à Rádio Itatiaia, Chermont comentou o processo.
“Essa própria Comissão e o Pleno consideraram como ato de hostilidade uma cabeçada. Se cabeçada for ato de hostilidade, pescotapa que o Sassá deu no Mayke, na minha ótica, também deveria ser. Mas, infelizmente, o Tribunal assim não entendeu, entendeu que o ato foi bastante grave e o apenou com seis partidas de suspensão”, complementou.
Envolvidos na confusão do Mineirão, o lateral-direito Mayke e o lateral-esquerdo Diogo Barbosa também foram julgados nesta quinta-feira. Diferentemente de Sassá, que não esteve na sede do STJD, os palmeirenses compareceram ao local para prestar esclarecimentos sobre o incidente. Mayke se sentou ao banco dos réus por dar soco em Leo, zagueiro do Cruzeiro, e Diogo por atingir um tapa no volante celeste Lucas Romero.
Os dois atletas tiveram penas mais brandas. Denunciado no artigo 254-A do CBJD, Mayke teve a ação desqualificada para o parágrafo 1 artigo 157, que prevê a redução da penalidade para a metade quando o fato não é consumado. Os auditores da Quinta Comissão Disciplinar entenderam que, embora tenha tentado, o lateral-direito não atingiu Sassá com socos. Em relação a Diogo Barbosa, o STJD levou em conta o artigo 250: “Praticar ato desleal ou hostil durante a partida, prova ou equivalente”. Tanto o lateral-direito quanto o lateral-esquerdo pegaram duas partidas de gancho.
O episódio
No fim do jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, uma disputa de bola entre o zagueiro Leo e o volante Felipe Melo deu início ao tumulto. Os atletas trocaram pedidos de desculpa, mas quem estava fora do lance levou o choque a sério. No meio da confusão, Mayke recebeu de Sassá um soco em cheio no rosto, enquanto Diogo Barbosa agrediu Lucas Romero com um tapa. Ajudado pelo árbitro de vídeo Anderson Daronco (FIFA/RS), o carioca Wagner do Nascimento Magalhães (FIFA/RJ) expulsou todos os agressores e relatou o ocorrido na súmula da partida. No caminho para os vestiários do Mineirão, Mayke e Sassá voltaram a se estranhar e foram contidos por seguranças dos clubes. Imagens de vídeo registradas na zona mista do estádio ajudaram os auditores do STJD a tomarem a decisão nesta quinta-feira.