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O técnico Mano Menezes garantiu que a eliminação para o Boca Juniors nas quartas de final da Copa Libertadores não abalará o Cruzeiro na final da Copa do Brasil, contra o Corinthians. O jogo de ida da decisão será na próxima quarta-feira, às 21h45, no Mineirão. O duelo de volta está marcado para a semana seguinte (17/10), no mesmo horário, na Arena Corinthians.

“A gente não vai ter astral baixo. A gente vai ter a dor da perda. O resultado de derrota, no caso uma eliminação, tem que ser sentido pela gente de maneira diferente de quando a gente vencer. O futebol é assim. Temos que ser inteligentes para saber fazer a análise correta”, disse Mano, que aproveitou também para destacar o papel do torcedor azul e a necessidade de estar atento diante do Timão, um dos grandes do futebol brasileiro.



“O torcedor já teve uma atitude bonita com a equipe no pós-jogo. Ele viu algo dentro de campo que lhe agradou em termos de entrega. Se não pôde criar tanto, bom... estamos jogando com o Boca, e não com o Íbis, uma referência do menos. Vamos com tranquilidade, como sempre, fazer as coisas certas nas horas certas. Temos uma final da Copa do Brasil pela frente e vamos estar fortes. Também jogaremos contra um grande. Vamos abrir o olho, pois as coisas podem se repetir”.

Para Mano Menezes, os jogadores celestes terão a missão de retribuir ao público a compreensão demonstrada nessa quinta-feira. “Torcida do Cruzeiro foi brilhante no estádio. Não temos nada a reclamar, somente elogiar. Ele nos ajudou muito e até entendeu as dificuldades que tínhamos. E a entrega dos jogadores foi na mesma proporção. Foi por isso que ele aplaudiu a equipe na final. O torcedor não comemorou, porque quando se perde, time grande não comemora. E torcedor de time grande sabe que não se comemora. Mas aquilo ali foi um gesto de carinho. E esse gesto vai nos dar força no primeiro jogo da final (da Copa do Brasil) para tentarmos fazer o resultado aqui em casa, que é importante para a gente”.

O treinador, entretanto, mostrou-se incomodado quando foi perguntado se ganhar a Copa do Brasil seria uma obrigação, já que na Copa Libertadores a Raposa ficou pelo caminho e no Brasileiro a distância para o líder Palmeiras é de 16 pontos (a 11 rodadas do encerramento). “Obrigação? Obrigação no futebol? De ganhar e ser campeão? Não temos que salvar nada. Quem tem que salvar é quem não ganhou nada”, respondeu, fazendo em seguida referência ao rival Atlético. “Aqui em Belo Horizonte já teve gente que foi campeão. O Cruzeiro já foi campeão (do Campeonato Mineiro de 2018)”.

O Cruzeiro vai em busca de seu sexto título na Copa do Brasil. As conquistas anteriores foram nas edições de 1993, 1996, 2000, 2003 e 2017. Caso supere o Corinthians e levante a taça, o time celeste conseguirá objetivos importantes: acumular quase R$ 62 milhões em premiação, tornar-se o maior vencedor da história do torneio e ser o primeiro clube a ganhar a competição por dois aos consecutivos, além de assegurar vaga na fase de grupos da Libertadores de 2019..