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Mano Menezes sonha ver Cruzeiro em 'semifinal complicada' da Libertadores: 'Se você atinge o objetivo, você sai muito forte'

Semifinais da Copa Libertadores desta temporada terão apenas campeões

Matheus Muratori
Mano Menezes: 'Se você atinge seu objetivo, você sai muito forte para as semifinais e finais' - Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press
A Copa Libertadores 2018 ganhou o rótulo de “mais difícil dos últimos tempos” pela presença maciça de campeões. Dos 47 participantes, 17 já tinham conquistado o título. Desses, 13 avançaram às oitavas e sete às quartas de final. Com a eliminação do Atlético Tucumán diante do Grêmio, o único “invasor” deu adeus ao torneio. Logo, a semifinal terá só grandes forças do continente. O técnico Mano Menezes quer muito ver o Cruzeiro nessa reta final ‘complicada’.

Uma semifinal está definida com o confronto entre os tricampeões River Plate e Grêmio. O bicampeão Cruzeiro luta nesta quinta-feira, no Mineirão, para eliminar o Boca Juniors, responsável por levantar a taça seis vezes. O adversário sairá do duelo entre os campeões Palmeiras e Colo Colo.

”É uma complicação que todos querem.
Vai ser complicado, mas vai ser ótimo estar entre os quatro. Estar no meio dessa complicação toda. Pela primeira vez na história se abre a possibilidade de três clubes do mesmo país estarem numa semifinal, se o Cruzeiro eliminar o Boca. Veja como esses fatos são difíceis de acontecer e que pode estar aí com a nossa passagem amanhã (quinta). É jogar”, disse o técnico cruzeirense Mano Menezes antes da decisão contra o Boca.

O Cruzeiro perdeu na Argentina por 2 a 0 e precisa de uma vitória por três gols de diferença para ir às semifinais. Se conseguir um 2 a 0, a decisão da vaga será nos pênaltis.

Apesar do alto grau de dificuldade do desafio desta quinta, Mano está confiante. E ele avisa que uma eventual classificação deixará o Cruzeiro mais forte na disputa. “As histórias dos títulos, elas sempre culminam com jogos grandes e dificuldades extremas pelas quais você tem que passar para chegar nas grandes conquistas. Esse é um momento semelhante ao que o Cruzeiro passou no passado, que outras equipes também passaram. Se você atinge seu objetivo, você sai muito forte para as semifinais e finais. E o torcedor pode acreditar que nós estaremos fortes com eles amanhã à noite (quinta). O Boca é um grande adversário, mas temos capacidade de fazer o que vamos nos propor a fazer. E vamos lutar os 90 minutos para atingir esse objetivo.
Ninguém vai sair deixando absolutamente nada para trás. Esse é o nosso objetivo como preparação final. Nosso time é competente, é qualificado, podemos acreditar em nós mesmos. Não temos que inventar um milagre para executar na quinta-feira. Vamos fazer aquilo que estamos fazendo na temporada até agora e é o que pode nos levar até a semifinal”, argumentou Mano.

Trauma?

Em seu histórico como treinador, Mano disputou uma final de Libertadores contra o Boca Juniors em 2007. Os argentinos venceram por 3 a 0 em Buenos Aires e por 2 a 0 em Porto Alegre. Passados 11 anos, ele assegura não ter guardado nenhum trauma daquele vice. 

Hoje, Mano se considera mais preparado para levar o Cruzeiro ao topo da América. “Eu li que vou tentar quebrar um trauma de 2007. Quero dizer para as pessoas que não tenho trauma nenhum de 2007. Joguei uma final, perdi.
E até acho que fomos, surpreendentemente, até onde podíamos ir em 2007. Não era nem para estarmos lá. Era para estar lá o Santos de Luxemburgo, o São Paulo de Muricy estar lá, mas tivemos a competência de eliminá-los durante a trajetória e chegamos contra o Boca. Perdemos porque um perde e outro ganha. Então, não tenho trauma nenhum. Aliás, trago ensinamentos de lá para estar aqui mais uma vez brigando por uma vaga na semifinal. É o que se aprende em jogos grandes, contra grandes adversários. Espero ter aprendido bastante para escrever a história um pouquinho diferente, que é o que vamos fazer amanhã à noite”, completou o treinador gaúcho, de 56 anos, que persegue sua inédita Libertadores.




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