Com o revés na ida por 2 a 0, na Bombonera, em Buenos Aires, o Cruzeiro precisa vencer por três gols de diferença para avançar às semifinais no tempo regulamentar. Caso vença por 2 a 0, a vaga será decidida nos pênaltis.
“No futebol não se tem todas as escolhas como a gente quer. Por isso que precisamos estar preparados para todas as situações. Treinamos penalidades máximas ontem (terça-feira), vamos treinar com o grupo que jogou no domingo hoje (quarta-feira). Dividimos em duas partes. Porque existe essa possibilidade e, se chegarmos a ela, precisamos estar preparados. Como tivemos em outras situações e levamos vantagem, conseguimos superar nas penalidades máximas. Se eu pudesse escolher, claro que eu não ia querer. Se o torcedor pudesse escolher, até nem sei se ele não ia querer, né. Mas vamos fazer tudo para conseguir antes o nosso objetivo”, comentou o treinador.
Se as penalidades ocorrerem, um dos trunfos do Cruzeiro é o goleiro Fábio. Na temporada 2018, ele se destacou nas quartas de final da Copa do Brasil. O experiente jogador, de 38 anos, defendeu as três cobranças do Santos – dos atacantes Bruno Henrique e Rodrygo e do meia Jean Mota. Já o time celeste obteve 100% de aproveitamento, em chutes de Lucas Silva, Raniel e David, e venceu aquela disputa no Mineirão por 3 a 0.
Para a partida contra os argentinos, nesta quinta, o técnico Mano Menezes disse que a equipe está definida: “O time está escalado. Vocês sabem qual é o time, o torcedor do Cruzeiro sabe qual é o time”.
Com isso, o provável time titular contra o Boca será Fábio; Edilson, Dedé, Leo e Egídio; Henrique, Lucas Silva; Robinho, Thiago Neves e Arrascaeta; Barcos.
O Cruzeiro terá todo o elenco à disposição para a decisão. Em competições da Conmebol, as equipes podem selecionar apenas sete jogadores para o banco de reservas. No Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil, até 12 suplentes podem ser escolhidos.
Dessa forma, Mano Menezes optará por atletas que cumpram mais de uma função tática na defesa, no meio-campo e no ataque. Os principais candidatos são Rafael; Lucas Romero e Manoel; Bruno Silva e Rafinha; Raniel e Sassá.
“O banco estará bem, mas é lógico que uma das condições, uma das premissas das escolhas para os jogadores que vão ficar à disposição vai obedecer isso, vai obedecer o fato de termos que arriscar, de termos que ter mais atacantes em determinado momento. Mas não dá para colocar oito atacantes. Se não, não vai ter ninguém para levar a bola para ele. Os riscos serão calculados em um jogo grande, desse porte”, explicou o técnico.