Em encontros eliminatórios, o Cruzeiro se deu bem diante de um argentino apenas pela decisão da Copa Libertadores de 1976, disputada à época na série ‘melhor de três’. No primeiro jogo, no Mineirão, os mineiros golearam o River Plate por 4 a 1. Em Buenos Aires, o time da casa venceu por 2 a 1. Como não existia o regulamento do placar agregado, houve o terceiro jogo. E aí os cruzeirenses, mesmo os nascidos décadas depois, sabem que Joãozinho, aos 43min do segundo tempo, cobrou falta na gaveta e garantiu o título celeste no Estádio Nacional de Santiago, no Chile.
Por ter conquistado a Libertadores de 1976, o Cruzeiro entrou diretamente na segunda fase da edição de 1977 e não teve dificuldades em superar o Internacional e a Portuguesa da Venezuela. Na final, enfrentou o Boca Juniors. Na Bombonera, os argentinos ganharam por 1 a 0. No Mineirão, a equipe celeste devolveu o placar, com um belo gol de falta do lateral-direito Nelinho. Na partida de desempate, o Cruzeiro perdeu por 5 a 4, nos pênaltis, depois de 0 a 0 no tempo normal. O goleiro Gatti defendeu a cobrança do lateral-esquerdo Vanderlei.
Duas décadas depois, o Boca Juniors voltou a ser pedra no sapato do Cruzeiro. Se em 1977 as equipes travaram duelo no tiro de onze metros, em 2008 o clube xeneize passou tranquilamente, ganhando tanto na Bombonera quanto no Mineirão por 2 a 1. No elenco boquense havia os craques Palacio, Palermo e Riquelme.
Em 2009, o Cruzeiro sofreu sua maior decepção na Copa Libertadores: perdeu de virada para o Estudiantes em pleno Mineirão, por 2 a 1, depois de segurar 0 a 0 heroico em La Plata graças à grande atuação do goleiro Fábio. Dos 64.800 torcedores que estiveram no estádio no dia 15 de julho, a maioria tinha grande expectativa em ver o time celeste faturar o troféu. Quem comandou as ações, porém, foi o experiente Verón, que ditou o ritmo da partida no meio-campo e deu o cruzamento para Boselli fazer de cabeça o segundo gol do Estudiantes (o primeiro saiu em finalização de Gastón Fernández). O volante Henrique, hoje capitão do time de Mano Menezes, marcou o tento cruzeirense em chute de fora da área.
Em 2014 e 2015, San Lorenzo e River Plate frustraram o sonho do tri do Cruzeiro e caminharam até o título nas respectivas edições da Copa Libertadores. O River, aliás, impôs à equipe azul o pior revés como mandante na competição: 3 a 0. Foi grande o sentimento de incredulidade na noite de 27 de maio, no Mineirão, já que no duelo de ida, seis dias antes, a Raposa havia triunfado por 1 a 0 no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
As demais eliminações do Cruzeiro em mata-matas foram para Unión Española-CHI (oitavas de final de 1994), Vasco (oitavas de final de 1998), Palmeiras (quartas de final de 2001), Deportivo Cali-COL (oitavas de final de 2004), São Paulo (quartas de final de 2010) e Once Caldas-COL (oitavas de final de 2011).
1975
Até 1987, não havia na Copa Libertadores quatro fases pós-grupos (oitavas, quartas, semifinais e finais). Na edição de 1975, portanto, a penúltima etapa foi disputada em duas chaves com três clubes. O melhor de cada uma se qualificava para a decisão. Na última rodada, o Cruzeiro podia perder para o Independiente por dois gols de diferença para ir à final, porém levou 3 a 0 na Argentina e ficou abaixo até mesmo do Rosario Central. Líder do grupo, o time de Avellaneda conquistou o título ao superar o Unión Española, do Chile, na série melhor de três das finais.
Algozes do Cruzeiro em mata-matas na Copa Libertadores (por país)
Argentina – 5 vezes
Boca Juniors – 1977 (final) e 2008 (oitavas de final)
River Plate – 2015 (quartas de final)
San Lorenzo – 2014 (quartas de final)
Estudiantes – 2009 (final)
Brasil – 3 vezes
Vasco – 1998 (oitavas de final)
Palmeiras – 2001 (quartas de final)
São Paulo – 2010 (quartas de final)
Colômbia – 2 vezes
Deportivo Cali-COL – 2004 (oitavas de final)
Once Caldas – 2011 (oitavas de final)
Chile – 1 vez
Unión Española-CHI – 1994 (oitavas de final)
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